Um Estudo Naturalístico Do Comportamento De Pré-Escolares Durante A Refeição
Resumo
RESUMO - O objetivo deste trabalho foi identificar de modo exploratório as variáveis da situação de almoço de crianças pré-escolares. Foram estudadas vinte crranças (dez meninos e dez meninas) com idades entre três e cinco anos, e os adultos que as acompanhavam durante o almoço. Foram registrados cursivamente e gravados em áudio dois almoços de cada criança, em situação natural. As mães foram entrevistadas duas vezes, antes e depois das observações. Os resultados revelaram que as crianças passaram a maior parte do tempo sentadas e comendo, embora apresentassem também comportamentos não ligados à tarefa de comer. Os adultos presentes emitiram um grande número de ordens e verbalizações orientando, informando ou auxiliando a criança no comportamento alimentar. O relato das mães obtido pelas entrevistas nem sempre concordou com os dados observados diretamente durante as refeições. Discute-se o papel do adulto como facilitador ou não de melhores hábitos alimentarese maior ingestão de alimentos por parte da criança. São sugeridas algumas orientações a pais e direções para pesquisas posteriores.
Downloads
Referências
BAUMAN, K. E., REISS, M. L, ROGERS, R. W., & BAILEY, J. S. (1983). Dining out
with children: Effectiveness of a parent advice package on pre-meal inappropriate
behavior. Journal of Applied Behavior Analysis, 16 (1), 55-68.
BERSTEIN, I. L (1978). Learnedtaste aversion in children receivingchemotherapy.
Science, 200, 1302-1303.
BIRCH, L L. (1 980). Effects of peer models' food choices and eating behaviors preschoolers' food preferences. Child Development, 51 (2), 489-496.
BRITO, M. E.,& METTEL, T. P. (1982). Pais como agentes de mudança comportamento alimentar de crianças de cinco anos. Ciência e Cultura. Resumos,
34 (7), 889.
FAGUNDES, A. J. (1 982). Descrição, definição e registro de comportamento. Paulo. EDICION.
HARPER, L V., & SANDERS, K. M. (1975). The effect of adults' eating chiiden's acceptance of unfamiliar foods. Journal of Experimental Child
Psychology, 20 (1), 206-214.
JELLIFFE, D. B. (1966). The assessmentofthenutritional, status ofthe community.
World Health Organization - Monograph series n? 53, Genebra.
LYMAN, B. (1982). The nutritional values and food group characteristics of foods
preferred during various emotions. The Journal of Psychology, 112, 121-1 27.
MACMAHON, R., & FOREHAND, R. (1978). Nonprescription behavior therapy:
Effectiveness of a brochure in teaching mothers to correct their children's
inappropriate mealtime behavior. Behavior Therapy, 9 (5), 814-820.
MARTURANO, E. M. (1977). Padrões de interação verbal criança-mãe durante o
almoço. Psicologia, 3 (2), 79-100.
PATTERSON, G. R., & REID, J. B. (1970). Reciprocity and coercion: Two facts of a
social system. Em C. NEURINGER & J. MICHAEL (Eds.), Behavior modification
in clinicai psychology. Nova Iorque: Appleton-Century ”” Crofts.
PATTERSON, G. R. (1980). Mothers: The unacknowledged victims. Monographs of
the Society for Research in Child Development, 45 (5).
POLIVY, J., HERMAN, P., YOUNGER, J., & ERSKINE, B. (1 979). Effects of a model
on eating behavior: The induction of a restrained eating style. Journal of
Personality, 47 (1), 100-117.
ROLLS, B., ROWE, E. A., ROLLS, E. I., KINGSTON, B., MEGSON, A., (1981). Variety in a meai enhances food intake in man. Physio/ogy and
Behavior, 26 (2), 215-221.
ROLLS, B. J., ROWE, E. A., & ROLLS, E. T. (1982). How sensory properties of food
affect human feeding behavior. Physiology and Behavior, 29 (3), 409-417.
SUEDFELD, P., & CLARKE, J. C. (1981). Specific food aversion acquired during
restricted environmental stimulation. Journal ofApplied Social Psychology, 71
(6), 538-547.
UNICEF (1982). Fundo das Nações Unidas para a Infância. Perfil estatístico de
crianças e mães no Brasil- aspectos nutricionais 1974-1975. Rio de Janeiro:
IBGE.
