Arqueologia de Projeto de Vida: Compreender o componente curricular na nova reforma do Ensino Médio brasileiro

Autores

Palavras-chave:

Projeto de vida, Reforma do Ensino Médio, Ensino de Sociologia

Resumo

Projeto de Vida chegou como uma novidade na nova reforma do Ensino Médio brasileiro e grande parte da comunidade desde o primeiro momento, recepcionou essa tecedura com diferentes percepções, no limite como parte de um começo muito incômodo/desconfortável, sobretudo pelo enredo dentro de uma pauta mercadológica. Quem eu sou? O que eu quero ser? O que eu desejo para minha vida? São perguntas emblemáticas para diferentes estudantes e juventudes, não se aplicam destituídas das inferências de sua realidade social. Esse futuro dota-se de sentido diante dessas diferentes realidades. Projeto de vida enquanto um componente curricular do modelo de carreiras do novo Ensino Médio parece estar por ser construído e nesse sentido, será objeto de grandes disputas. Passamos por uma fase de resistência desse modelo por observar fragilidades formativas, sobretudo para o cenário nacional e suas idiossincrasias de nossa estrutura educacional.

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Biografia do Autor

Rogéria da Silva Martins , Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Bacharel e Licenciada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998), Mestre em Educação pela Universidade Federal da Bahia (2007), Doutora em Políticas Públicas, no Centro de Ciências Sociais e Humanidades, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, com Pós-Doutoramento na Universidade do Porto, no Instituto de Sociologia, investigando encarceramento feminino. Atualmente é professora associada I do Departamento de Ciências Sociais, na Universidade Federal de Juiz de Fora - MG. Concentra estudos no campo da sociologia jurídica e direitos humanos, focando na produção das desigualdades das instituições sociais, no âmbito da justiça penal, sobretudo com cortes de gênero, numa leitura dos direitos humanos. Nessa trajetória desenvolveu pesquisas com diferentes atores sociais: crianças e adolescentes, jovens, mulheres e magistrados. Com trabalhos de campo em diferentes consultorias, desenvolveu também experiência com atores em contextos sociais diferenciados como indígenas e quilombolas. Nas atividades de ensino, seguindo a linha investigativa dos direitos humanos, na Licenciatura em Ciências Sociais, desenvolve experiência na área de ensino, pesquisa e extensão com foco no ensino de sociologia, sobretudo em contextos diferenciados de ensino, que envolve motivações e metodologias diferenciadas de ensino de sociologia para grupos específicos. É membro do Núcleo de Estudos em Políticas de Drogas, Violência e Direitos Humanos, coordenando o Laboratório de Modalidades Diferenciada de Ensino. Atualmente tem concentrado estudos nas instituições prisionais, focando na educação na prisão e nas condicionalidades do encarceramento feminino em perspectivas comparadas. Membro Associado da Rede de Pesquisadores sobre Privação e Restrição de Liberdade.

Paulo Cesar Pontes Fraga , Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Bacharel e licenciado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense, possui mestrado em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995) e doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (2005). É professor associado da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), onde coordenou o Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (2019-2021) e foi diretor do Centro de Pesquisas Sociais (2011-2014). Atualmente coordena Núcleo de Estudos sobre política de drogas, violências e direitos humanos (NEVIDH), o Laboratório Social da Cannabis (LSC) e é membro do colegiado do Departamento de Ciências Sociais. Foi professor colaborador do doutorado em Ciencias Sociales com concentração em Estudos Rurais do Centro de Estudios Rurales do Colégio de Michoacán, México (2020-2021), pesquisador visitante da École de Criminologie, Université de Montréal (2010-2011); professor visitante da Universidade Católica Portuguesa-Porto (2019-2020) e compõe a Reseau Cannabis Sud, sediada no C. Émile Durkheim-U. Bordeaux. É bolsista de produtividade em pesquisa (CNPq) e foi Visiting Scholar do Centre for Studies in Human Development. da UCP-PORTO (2018-2019). É editor associado da Revista Saúde e Sociedade. Foi pesquisador visitante da Fundação Oswaldo Cruz, consultor da UNESCO e professor da Universidade Estadual de Santa Cruz. É conselheiro da Comissão Científica da Conferência Euroamericana para o Desenvolvimento dos Direitos Humanos. Foi parecerista do “Concurso Brasileiro ANPOCS de Obras Científicas e Teses Universitárias em Ciências Sociais” Edital 2022. É membro da Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS), da Associação Brasileira Multidisciplinar de Drogas (ABRAMD) e da Society for Social Studies of Science (4S). Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Política de drogas, Cultivos ilícitos Sociologia da Violência, atuando principalmente nos seguintes temas: violência, drogas, políticas públicas, direitos humanos e adolescente.

Marili Peres Junqueira, Universidade de Federal de Uberlândia (UFU)

Doutora em Sociologia (2004) pela UNESP-Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Campus de Araraquara/SP. Atualmente é professora associada ligada ao Instituto de Ciências Sociais (Incis) e ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS) da Universidade de Federal de Uberlândia (UFU). Atua principalmente com Imigração, Sociologia Urbana e Ensino de Sociologia. Autora, entre outras publicações, do artigo “Primavera secundarista: as ocupações nas escolas estaduais públicas de Uberlândia-MG em 2016” publicado na Revista Teoria e Cultura, v. 12, 2017. Foi coordenadora do subprojeto de Ciências Sociais do PIBID/UFU/CAPES (2011-2018) e do subprojeto Sociologia da Residência Pedagógica UFU/CAPES (2018-2020).

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Publicado

12/28/2023 — Atualizado em 01/25/2024

Versões

Como Citar

MARTINS , Rogéria da Silva; FRAGA , Paulo Cesar Pontes; JUNQUEIRA, Marili Peres. Arqueologia de Projeto de Vida: Compreender o componente curricular na nova reforma do Ensino Médio brasileiro. Pós - Revista Brasiliense de Pós-Graduação em Ciências Sociais, [S. l.], v. 18, n. 2, p. 12–31, 2024. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/revistapos/article/view/50489. Acesso em: 12 nov. 2024.