Sobre pandemias e os direitos (de todos) animais
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.5921437Palavras-chave:
Animais, Coronavírus, COVID-19, Direitos animais, Direitos humanos, NEDAI, PandemiaResumo
A tragédia sanitária causada por uma zoonose, que já matou mais de 3 milhões de pessoas em todo o mundo, coloca em evidência que falar de direitos animais é essencialmente falar de direitos humanos. O novo agente do coronavírus (COVID-19) nos impele ao reconhecimento da interdependência de todas as coisas vivas, e nos leva a refletir sobre a relação entre animais humanos e não humanos. À luz do propósito institucional do Núcleo de Estudos sobre Direitos Animais e Interseccionalidades (NEDAI/CEAM/UnB), faremos uma revisão bibliográfica a fim de identificar as possíveis relações entre violações de direitos animais e a proliferação de pandemias que acabam vitimando também os animais humanos. Discutiremos os efeitos programados da indústria capitalista da produção animal no meio ambiente e proliferação de doenças. E vamos examinar dois momentos em que a violação dos direitos animais acaba se voltando contra os animais humanos, favorecendo a proliferação de pandemias: a criação intensiva de animais de produção e a indústria de animais de estimação. Conforme veremos, como forma de se auto preservar, os animais humanos precisam encontrar uma forma harmoniosa de respeitar os direitos dos não humanos e da natureza.
Downloads
Referências
EL PAÍS. (2020). Dinamarca sacrificará 17 milhões de animais para conter variante do coronavírus que infectou humanos. Fonte: https://brasil.elpais.com/ciencia/2020-11-05/dinamarca-sacrificara-17-milhoes-de-animais-para-conter-variante-do-coronavirus-que-infectou-humanos.html
FAO, I. U. (2020). El estado de la seguridad alimentaria y la nutrición en el mundo 2020. Acesso em 27 de 04 de 2021, disponível em FAO: http://www.fao.org/3/ca9692es/ca9692es.pdf
FAO/ONU. (2013). World Livestock 2013: Changing disease landscapes. Rome. Fonte: http://www.fao.org/3/i3440e/i3440e.pdf
FAO/ONU. (2016). El Estado de los bosques del mundo 2016. Los bosques y la agricultura: desafíos y oportunidades en relación con el uso de la tierra. Fonte: Organización de las Naciones Unidas para la Alimentación y la Agricultura: http://www.fao.org/3/i5588s/i5588s.pdf
FAO/ONU. (2019). FAOSTAT Datos sobre alimentación y agricultura. Fonte: Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação: http://www.fao.org/faostat/es/#data/QL
FELIPE, S. T. (2016). Galactolatria: mau deleite (2a. ed. rev. ed.). São José, SC: Edição da autora.
FISHCOUNT. (2007 - 2016). Estimated numbers of individuals in annual global capture tonnage (FAO) of fish species (2007 - 2016). Fonte: http://fishcount.org.uk/studydatascreens/2016/numbers-of-wild-fish-A0-2016.php?
FRANCIONE, G. L. (2013). Introdução aos Direitos Animais. (R. Rheda, Trad.) Campinas: Unicamp.
GATES, B. (2021). Como evitar um desastre climático: As soluções que temos e as inovações necessárias. São Paulo: Companhia das Letras.
GfK. (2016). Animaisde estimação. Pesquisaglobal GfK. Fonte: Growth from Knowledge (GfK): https://cdn2.hubspot.net/hubfs/2405078/cms-pdfs/fileadmin/user_upload/dyna_content/br/documents/reports/global-gfk-survey_pet-ownership_2016_por_v2.pdf
HAHARI, Y. N. (2016). Homo Deus: Uma breve história do amanhã. São Paulo: Companhia das Letras.
IAC. (s.d.). Cultura do gergelim. Acesso em 27 de fevereiro de 2019, disponível em Instituto Agronômico do Estado de São Paulo: http://www.iac.sp.gov.br/cultivares/inicio/Folders%5CGergelim%5CIACOuro.htm
IBGE. (2018). PPM 2017: Rebanho bovino predomina no Centro-Oeste e Mato Grosso lidera entre os estados. Acesso em 08 de fevereiro de 2019, disponível em https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/22648-ppm-2017-rebanho-bovino-predomina-no-centro-oeste-e-mato-grosso-lidera-entre-os-estados
IBOPE. (2018). Pesquisa de opinião pública sobre o vegetarianismo. Fonte: Sociedade Vegetariana Brasileira: https://www.svb.org.br/images/Documentos/JOB_0416_VEGETARIANISMO.pdf
IPEA. (2020). Produção e Consumo de Produtos Orgânicos no Mundo e no Brasil. Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada: https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_2538.pdf
LAPPÉ, F. M. (1981). Diet for a Small Planet (10 ed.). New York: Ballantine Books.
NEGRINI, V. (2019). Sobre veganos e outros bichos : as estratégias de comunicação pública do ativismo animal. Acesso em 08 de 06 de 2020, disponível em UnB: https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/35464/1/2019_VanessaNegrini.pdf
NEGRINI, V. (2019). Sobre Veganos e Outros Bichos: As estratégias de Comunicação Pública do Ativismo Animal. Brasília: PPG/FAC/UnB.
NEGRINI, V., GERALDES, E., & SOUSA, J. (2017). Comunicação e democracia: o impacto da cobertura televisiva nas manifestações de março no Brasil. Em J. G. SOUSA JR, & E. al., O Direito Achado na Rua: Introdução Crítica ao Direito à Comunicação e à Informação (Vol. 8). Brasília.
OKIN, G. (2017). Environmental impacts of food consumption by dogs and cats. Fonte: PLoS ONE: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0181301
ONU. (2020). Covid-19 mostrou que investimentos em água e saneamento são essenciais. Fonte: ONU News: https://news.un.org/pt/story/2020/08/1721771
OPAS. (2017). Folha informativa - Resistência aos antibióticos . Fonte: Organização Pan-Americana da Saúde : https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5664:folha-informativa-resistencia-aos-antibioticos&Itemid=812
QUAMMEN, D. (2020). Contágio, infecções de origem animal e a evolução das pandemias. Companhia das Letras.
SANTOS, B. d. (2008). A gramática do tempo (2 ed.). São Paulo, SP: Cortez.
SEBRAE-SP. (2016). Pesquisa Setor/Segmento Agropecuário de Leite. Acesso em 27 de fevereiro de 2019, disponível em Sebrae: http://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/SP/Pesquisas/Agropecua%CC%81ria%20de%20Leite.pdf
SINGER, P. (2013). Libertação Animal. (M. WINCKLER, & M. B. CIPOLLA, Trads.) São Paulo: WMF Martins Fontes.
TACO. (2011). Tabela Brasileira de Composição de Alimentos. (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação – NEPA da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP ) Acesso em 26 de fevereiro de 2019, disponível em Conselho Federal de Nutricionistas: http://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/2017/03/taco_4_edicao_ampliada_e_revisada.pdf
WALLACE, R. (2020). Pandemia e agronegócio: Doenças infecciosas, capitalismo e ciência. Editora Elefante. Fonte: Pandemia e agronegócio: Doenças infecciosas, capitalismo e ciência.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Vanessa Negrini, Elen Cristina Geraldes, Kenia Figueiredo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores mantém os direitos autorais e concedem à Revista do CEAM o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.