“É minha filha, tudo fui eu quem fiz!”: Reflexões sobre a Arquitetura intuitiva de Mametu Muiandê
DOI :
https://doi.org/10.26512/revistacalundu.v4i1.32233Mots-clés :
Candomblé. Conversa. Casa. Mãe de Santo.Résumé
À vista do que se costuma chamar no trabalho de campo antropológico de entrevista, o texto aborda esse conceito de uma forma diferente que seja, talvez, a maneira pela qual segue a temporalidade das religiões afro-brasileiras. Não a relativização do tempo, mas a leitura dele por um espectro ocidental, como a chave que tranca ou destranca uma porta que se encontra no limiar acerca do “tempo do outro”, segundo Johannes Fabian. Essa metodologia de pesquisa introduz o que descrevo como conversas trocadas em substituição a análises antropológicas. De maneira que tais conversas demonstram a relação da matriarca e Mãe de Santo Mametu Muiandê com a sua residência, a partir do que digo ser uma arquivivência ”“ das escritas descritas nas paredes do que ela chama de sua casa ”“, Ã luz do que conceitua Conceição Evaristo. Modelado não somente pela vivência, mas também pelo aspecto ontológico que se mostra sua essência.
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