"Costumadas e Caseiras Medicinas”: saberes e práticas de cura na capitania do Piauí – Século XVIII
DOI:
https://doi.org/10.26512/revistacalundu.v6i2.46437Palabras clave:
Afro indígenas, Prácticas de curación, Enfermedades, Piauí colonialResumen
Este artículo tiene como objetivo analizar las narrativas en torno a las prácticas terapéuticas en el contexto de la esclavitud en la Capitanía do Piauí en el siglo XVIII. Buscamos identificar a partir de diferentes manuscritos coloniales como oficios, requerimientos, informes, actas y cartas quiénes realizaban las prácticas de curación, cuales eran los lugares utilizados para alojar a los enfermos y cuáles eran los elementos usados para remediar los males provocados por diferentes tipos de enfermedades. La constitución de la ciencia y la medicina en moldes europeos estuvo fuertemente influenciada por los saberes indígenas y africanos, ambos convivieron y compartieron los mismos espacios, experiencias y fueron agentes activos en el proceso de colonización. La comprensión en torno de la ciencia debe implicar necesariamente en el conocimiento de la historia de la población negra y amerindia. Con el tiempo, el conocimiento afro indígena pasó por un proceso de borrado y invisibilidad. A pesar de ser poseedores y transmisores de saberes, no fueron reconocidos por la estructura colonial dominante, sin embargo, los colonizadores disfrutaron de estos conocimientos. La medicina a finales del siglo XIX se convirtió en una ciencia liderada por hombres. Así, este artículo es un intento de contribuir a la recuperación de una historia que presenta las múltiples voces que resonaron en las fuentes sobre enfermedades y prácticas curativas en el Brasil colonial.
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