O FIM DO ENCANTO DA MATEMÁTICA UNIVERSAL: A APRENDIZAGEM MATEMÁTICA A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA PÓS-ESTRUTURALISTA

Auteurs-es

  • Karin Ritter Jelinek

DOI :

https://doi.org/10.26512/resafe.v1i32/33.35114

Mots-clés :

práticas matemáticas, práticas sociais, caráter disciplinar, jogos de linguagem

Résumé

O presente artigo busca problematizar a crença no universalismo da Matemática. Partindo dos pressupostos evidenciados pelos estudos etnomatemáticos, que deram visibilidade para o fato de que diferentes povos realizam práticas matemáticas singulares ”“ relacionadas às suas práticas socioculturais ”“ este estudo adentra à perspectiva pós-estruturalista. Assim, tal temática passa a ser analisada a partir de uma perspectiva que se afasta dos estruturalismos próprios do campo do conhecimento matemático, permitindo que se trabalhe com problematizações em que o processo de significação é incerto. Para empreender tal estudo, as discussões foram embasadas em autores como Walkerdine, Lave, Gottschalk, Miguel, Vilela e, fundamentalmente, em Wittgenstein. Como considerações finais ”“ contudo provisórias ”“ aponta-se como a aprendizagem matemática se relaciona com as práticas sociais, de forma que não faz mais sentido pensarmos em um caráter disciplinar para a Matemática na contemporaneidade.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur-e

Karin Ritter Jelinek

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Docente do Instituto de Matemática, Estatística e Física e do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Exatas da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Integrante do grupo de pesquisa Praktiké - Educação e Currículo em Ciências e Matemática. Santo Antônio da Patrulha, RS, Brasil.

Références

GLOCK, H. Dicionário Wittgenstein. Tradução de Helena Martins. Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar, 1998.

GOTTSCHALK, C. Três Concepções de Significado na Matemática: Bloor, Granger e Wittgenstein. In: MORENO, Arley R. (org.). Wittgenstein: aspectos pragmáticos. Campinas: Coleção CLE, 49, 2007, p. 95-133.

GOTTSCHALK, C. Reflexões sobre o Contexto e Significado na Educação Matemática. In: Anais do VII Encontro Paulista de Educação Matemática. São Paulo, SP, 2004, p.1-9.

LAVE, J. Do lado de fora do supermercado. In: FERREIRA, M. L. Ideias matemáticas de povos culturalmente distintos. São Paulo: Global, 2002, p. 65-98.

LAVE, J. A selvajaria da mente domesticada. Revista Crítica de Ciências Sociais, 46, 1996, p.109-134.

LEKTORSKY, V. A. Mudanças históricas da noção de atividade: pressupostos filosóficos. Tradução de Samuel Bello e Antônio Miguel. Porto Alegre. (Texto digitado). 2009.

MIGUEL, A. Áreas e subáreas do conhecimento, vínculos epistemológicos: o GT de Educação Matemática da ANPEd. Revista Brasileira de Educação, 13, 38, 2008, p.387-396.

MIGUEL, A.; VILELA, D. Práticas escolares de mobilização de cultura matemática. Cadernos Cedes, Campinas, 28, 74, 2008, p.97-120.

SILVA, T. T. da. Teoria cultural e educação: um vocabulário crítico. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.

SPANIOL, W. Filosofia e método no segundo Wittgenstein: uma luta contra o enfeitiçamento do nosso entendimento. São Paulo: Loyola, 1989.

VEIGA-NETO, A. Nietzsche e Wittgenstein: alavancas para pensar a diferença e a pedagogia. In: GALLO, Sílvio; SOUZA, Regina M. (Org.). Educação do preconceito: ensaios sobre poder e resistência. Campinas: Alínea, 2004. p. 131-146.

VILELA, D. S. Matemáticas nos usos e jogos de linguagem: ampliando concepções na Educação Matemática. 2007. (Tese de Doutorado). Universidade Estadual de Campinas, Cam-pinas.

VILELA, D. S. Notas sobre a matemática escolar no referencial sócio-histórico-cultural. Revista Horizontes, 24, 1, 2006, p.43-50.

WALKERDINE, V. O Raciocínio em tempos pós-modernos. Educação & Realidade, Porto Alegre, 20, 2, 1995, p.207-226.

WITTGENSTEIN, L. Investigações Filosóficas. Tradução de Marcos G. Montagnoli. Petrópolis: Vozes, 2008.

Téléchargements

Publié-e

2020-11-11

Comment citer

Jelinek, K. R. . (2020). O FIM DO ENCANTO DA MATEMÁTICA UNIVERSAL: A APRENDIZAGEM MATEMÁTICA A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA PÓS-ESTRUTURALISTA. Revista Sul-Americana De Filosofia E Educação (RESAFE), 1(32/33), 96–106. https://doi.org/10.26512/resafe.v1i32/33.35114