JUÍZOS PASSADOS E NÃO (RE)EXAMINADOS:

PRESSUPOSTOS ARENDTIANOS PARA COMPREENDER O PRECONCEITO CONTRA ALUNOS SURDOS

Autores

  • Giselly dos Santos Peregrino Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.26512/resafe.v0i22.4651

Palavras-chave:

Filosofia da Educação, Educação, Filosofia, Surdos, Preconceito, Juízos, Hannah Arendt

Resumo

Este artigo propõe-se a discutir as contribuições da pensadora alemã Hannah Arendt à reflexão acerca do preconceito contra os surdos. Para a teórica, o perigo e a força do preconceito estão na permanência deste, tão fortemente ancorado no passado que bloqueia o juízo e a experiência no presente. Torna-se, pois, fundamental (re)discutir o preconceito contra os surdos em tempos que valorizam o discurso da inclusão socioeducativa.

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Biografia do Autor

Giselly dos Santos Peregrino, Universidade de Brasília

Graduado, especialista e mestre em filosofia, doutor em Bioética, pela Universidade de Brasília.

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Como Citar

Peregrino, G. dos S. (2014). JUÍZOS PASSADOS E NÃO (RE)EXAMINADOS:: PRESSUPOSTOS ARENDTIANOS PARA COMPREENDER O PRECONCEITO CONTRA ALUNOS SURDOS. Revista Sul-Americana De Filosofia E Educação (RESAFE), (22), 43–56. https://doi.org/10.26512/resafe.v0i22.4651

Edição

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Artigos