Del Tamborzão al Paredón, al Prohibidón
la Criminalización del Funk y las Imágenes de un Territorio de Abolición
Palabras clave:
Abolicionismo penal, Criminalização, Cultura periférica, Funk, Racismo estruturalResumen
Este trabajo analiza la criminalización del funk como manifestación cultural negra y periférica en Brasil, articulando los dispositivos legales, mediáticos y policiales que sustentan la selectividad racial del sistema penal. A partir del caso emblemático del arresto del artista MC Poze do Rodo en 2025, el estudio evidencia cómo las prácticas culturales se convierten en objetivos preferenciales del control estatal. El texto moviliza una diversidad de fuentes - académicas, musicales, visuales y populares - para discutir el papel del funk como resistencia política, estética y epistémica frente a la lógica punitivista y racista. La propuesta parte de una crítica abolicionista, comprendiendo el funk como un territorio de producción de saberes y subjetividades insurgentes, en sintonía con la noción de “Geografía de la Abolición” de Ruth Gilmore. Así, el funk no solo es criminalizado: también representa una potencia de enfrentamiento y un lugar de invención de libertad.
Descargas
Citas
Referências bibliográficas
ALESSI, Gil. Do samba ao funk, o Brasil que reprime manifestações culturais de origem negra e periférica. El País, São Paulo, 07 dez. 2019. Disponível em: https://brasil.elpais.com/sociedade/2019-12-07/do-samba-ao-funk-o-brasil-que-reprime-manifestacoes-culturais-de-origem-negra-e-periferica.html. Acesso em: 15 jun. 2025.
BORGES, Juliana. Encarceramento em massa. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019. (Feminismos Plurais).
CHERSONI, Felipe de Araújo; CHAGAS, Maria Eduarda Delfino das; MUNIZ, Veyzon Campos. Racismo entre psicologia social e criminologia crítica: encontros e perspectivas decoloniais. Revista Katálysis, Florianópolis, v. 25, n. 2, p. 272-282, maio/ago. 2022.
CONTIER, Arnaldo Daraya. O rap brasileiro e os Racionais MC's. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DO ADOLESCENTE, 1., 2005, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: USP, 2005. Disponível em: http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=msc0000000082005000100010&script=sci_arttext. Acesso em: 30 jun. 2025.
CYMROT, Danilo. A criminalização do funk sob a perspectiva da teoria crítica. 2011. Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2136/tde-26082016-134709/publico/Danilo_Cymrot_ME.pdf. Acesso em: 30 jun. 2025.
DAHER, Camila Marques Silva; PAIVA, Fernando Santana de; BARCELLOS, Luciana Ferreira. Mídia, criminalização da juventude e adesão subjetiva à barbárie. Polis e Psique, Porto Alegre, v. 12, n. 1, p. 239–266, 2022.
DMJRACIAL. Funk não é crime! – É som de preto e favelado. Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial, Rio de Janeiro, 29 maio de 2025. Disponível em: https://dmjracial.com/2025/05/29/funk-nao-e-crime-e-som-de-preto-e-favelado/. Acesso em: 15 jun.2025.
FACINA, Adriana. “Não me bate doutor”: funk e criminalização da pobreza. In: Encontro De Estudos Multidisciplinares Em Cultura – ENECULT, 5., 2009, Salvador. Anais [...]. Salvador: Faculdade de Comunicação/UFBA, 2009.
FANTTI, Bruna; SOUSA, Aléxia. MC Poze é solto com festa de fãs e familiares na porta de presídio no Rio. Folha de S. Paulo, São Paulo, 3 jun. 2025. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/06/mc-poze-e-solto-com-festa-de-fas-e-familiares-na-porta-de-presidio-no-rio.shtml. Acesso em: 16 jun.2025.
FLAUZINA, Ana Luiza Pinheiro. Corpo negro caído no chão: o sistema penal e o projeto genocida do Estado brasileiro. 2006. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade de Brasília, Brasília, 2006. Orientadora: Ela Wiecko Volkmer de Castilho.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2024. Disponível em: https://publicacoes.forumseguranca.org.br/handle/123456789/253. Acesso em: 04 set. 2025.
G1 RIO. 'Meus filhos ficaram traumatizados', diz Poze do Rodo ao sair da cadeia. G1, Rio de Janeiro, 4 jun. 2025. Disponível em: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/06/04/o-que-disse-mc-poze-do-rodo-ao-sair-da-cadeia.ghtml. Acesso em: 30 jun. 2025.
GILMORE, Ruth Wilson; ANTIPON, Livia Cangiano; ALVES, Cristiano Nunes; NOVO, Maria Fernanda. Freedom is a place: Ruth Wilson Gilmore and Abolition Geography. Geousp, São Paulo, v. 28, n. 1, e-222824, 2024.
GROSFOGUEL, Ramón. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Revista Sociedade e Estado, Brasília, v. 31, n. 1, p. 25-49, jan./abr. 2016.
HAILER, Marcelo. VÍDEO: Poze do Rodo é recebido por milhares de pessoas ao deixar a prisão. Revista Fórum, 3 jun. 2025. Disponível em: https://revistaforum.com.br/cultura/2025/6/3/video-poze-do-rodo-recebido-por-milhares-de-pessoas-ao-deixar-priso-180697.html. Acesso em: 30 jun. 2025.
KEHL, Maria Rita. RADICAIS, RACIAIS, RACIONAIS: a grande fratria do rap na periferia de São Paulo. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 13, n. 3, p. 95-106, 1999.
LOURENÇO, Anna Beatriz. Poze do Rodo declara ligação com o Comando Vermelho e passa a ficar preso com integrantes da facção em Bangu. Tv Globo e G1 Rio, Rio de Janeiro, 30 de maio de 2025. Disponível em: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/05/30/poze-do-rodo-bangu.ghtml . Acesso em: 15 jun.2025.
MALAGUTI BATISTA, Vera. Adesão subjetiva à barbárie. In: ______. (Org.). Loïc Wacquant e a questão penal no capitalismo neoliberal. 2. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2012. p. 307-319.
MALAGUTI BATISTA, Vera. O positivismo como cultura. Passagens: Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica, Rio de Janeiro, v. 8, n. 2, p. 293-307, maio/ago. 2016.
MORAIS, Rômulo Fonseca. O extermínio da juventude negra: uma análise sobre os “discursos que matam”. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Revan, 2019.
O GLOBO. MC Poze:desembargador que soltou funkeiro diz que fraudadores do INSS ficam tranquilos enquanto é preso ‘jovem que trabalha cantando’. O Globo 100 - Rio, Rio de Janeiro, 3 jun. 2025. Disponível em: MC Poze: desembargador que soltou funkeiro diz que fraudadores do INSS ficam tranquilos enquanto é preso 'jovem que trabalha cantando' .Acesso em: 16 jun.2025.
PALMA, Felipe. Projeto que proíbe apologia ao crime em shows públicos recebe aval da CCJ e avança na Câmara. Câmara Municipal de São Paulo, São Paulo, 14 maio 2025. Disponível em: https://www.saopaulo.sp.leg.br/blog/projeto-que-proibe-apologia-ao-crime-em-shows-publicos-recebe-aval-da-ccj-e-avanca-na-camara/#:~:text=Projeto%20que%20pro%C3%ADbe%20apologia%20ao%20crime%20em,aval%20da%20CCJ%20e%20avan%C3%A7a%20na%20C%C3%A2mara. Acesso em: 4 set 2025.
PRANDO, Camila Cardoso de Mello. A Criminologia Crítica no Brasil e os estudos críticos sobre branquidade. Direito & Práxis, Rio de Janeiro, v. 9, n. 1, p. 70-84, 2018.
SANTOS, Myrian Sepúlveda dos. A prisão dos ébrios, capoeiras e vagabundos no início da Era Republicana. Topoi, Rio de Janeiro, v. 5, n. 8, p. 138–169, jan./jun. 2004.
UGIONI, Lídia Piucco; CHERSONI, Felipe de Araújo; CARVALHO, Thomaz Jefferson. "Com a nossa lei não há, levando ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá": Uma análise do racismo colonial nas religiões afro-brasileiras sob a ótica criminológica Crítica. RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade, [S. l.], v. 8, n. 1, p. 1-22, jan./abr. 2022.
WACQUANT, Loïc. Punir os pobres: a nova gestão da miséria nos Estados Unidos. Tradução de Sérgio Lamarão. Rio de Janeiro: Revan, 2003.
WESTRUP, Cristiane; CHERSONI, Felipe de Araújo; LIMA, Fernanda da Silva. Movimento Black e a contracultura negra no Rio de Janeiro e São Paulo nos anos de 1970. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), v. 16, n. 44, p. 358-381, 2024.
X, Malcolm; HALEY, Alex. Autobiografia de Malcolm X. Tradução de A.B. Pinheiro de Lemos. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 1992.
Referências Musicais, em Vídeo e Redes Sociais
BORGES, Juliana. A prisão do MC Poze do Rodo fez algo se mover entre as vielas. Instagram: @julianaborges_1, 4 jun. 2025.
LUCINDA, Elisa. Elisa Lucinda aborda trajetória e destaca livros. Afrobras News, 3 jan. 2024. Disponível em: https://afrobrasnews.com.br/elisa-lucinda-aborda-trajetoria-e-destaca-livros/. Acesso em: 30 jun. 2025.
MC POZE DO RODO. Desabafo 2. [S. l.: s. n.], 2025. 1 vídeo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=E9HIEsIBqTw. Acesso em: 30 jun. 2025.
Charges
CARVALHO, Adams. Charge publicada no jornal Folha de S. Paulo, 21 dez. 2024. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2024/12/cerco-ao-funk-no-brasil-mostra-que-censura-as-artes-e-ligada-a-raca-e-a-classe.shtml. Acesso em: 7 jun. 2025.
CATÁLOGO DAS ARTES. Adams Carvalho. Disponível em: https://www.catalogodasartes.com.br/artista/Adams%20Carvalho/. Acesso em: 5 set. 2025.
GÊ VIANA. “FUNK: Um grito de ousadia e liberdade”. Museu de Arte do Rio, 2023/2024. Disponível em: https://amlatina.contemporaryand.com/pt/editorial/funk-a-cry-of-boldness-and-freedom/ . Acesso em: 17 jun. 2025.
SUPERFÍCIE. Gê Viana. Disponível em: https://galeriasuperficie.com.br/artistas/ge-viana/. Acesso em: 5 set. 2025.
JUNIÃO. Charge publicada em razão do caso do ator negro que foi preso por engano, ao ser confundido com um assaltante. Disponível em: https://juniao.com.br/chargecartum/. Acesso em: 7 jun. 2025.
JUNIÃO. Charge publicada na edição especial da revista Universidade e Sociedade, n. 64, jun. 2018, com o tema “130 anos da abolição da escravidão no Brasil: a resistência do povo negro e a luta por reparações”. Disponível em: https://juniao.com.br/chargecartum/. Acesso em: 7 jun. 2025.
FUNDAÇÃO PALMARES. Conheça o cartunista e artista visual, Junião. Disponível em: https://www.gov.br/palmares/pt-br/assuntos/noticias/conheca-o-ilustrador-e-cartunista-juniao. Acesso em: 5 set. 2025.
Fotografias
CHAPETTA, Victor. [MC Poze do Rodo deixa penitenciária em Bangu, Rio]. 3 jun. 2025. 1 fotografia, color. Publicada no jornal Folha de S.Paulo. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/06/mc-poze-e-solto-com-festa-de-fas-e-familiares-na-porta-de-presidio-no-rio.shtml. Acesso em: 16 jun. 2025
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Felipe de Araujo Chersoni, Julia Houang Daher, Gabriel Henrique Cavalcante

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.



