El monitoreo electrónico de personas en el ámbito penal brasileño
¿maximizar la libertad o fortalecer el control?
Palabras clave:
cultura del control, dignidad humana, monitorización electrónica, securitarismo penalResumen
El presente artículo tiene como objetivo problematizar la inserción de la monitorización electrónica de personas en el ámbito criminal brasileño, a partir de la identificación de tendencias hacia un alejamiento del derecho penal de consideraciones humanísticas y la actual expansión del control penal, a través del securitarismo en el ámbito punitivo. Se cuestiona si, en esta coyuntura, la monitorización electrónica se constituye como un dispositivo que puede generar beneficios en relación con el tema del hacinamiento carcelario y las altas tasas de reincidencia, o si está inevitablemente cautivo de las redes que la sociedad de control teje en el ámbito del sistema penal. Lo que se vislumbra es un escenario ambiguo, en el que, si bien a partir de un discurso de preocupación por las atrocidades del sistema penal y penitenciario, y por tanto buscando ser una “técnica de control más humanizada”, el uso de la vigilancia electrónica se encuentra vinculado a una lógica de control/castigo que muestra una expansión del poder punitivo, en una racionalidad cuya ecuación primaria es máxima eficiencia versus mínima inversión en políticas públicas. La investigación es exploratoria, utilizando el método de enfoque hipotético-deductivo.
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