Finitude, Infinitude e Sentido: Um Estudo Sobre o Conceito de Religião a Partir de Kierkegaard
DOI:
https://doi.org/10.26512/2358-82842019e26280Palabras clave:
finitude; infinitude; desespero; fé; amor; paradoxo; religião.Resumen
O texto parte do pressuposto de que a relação entre finitude e infinitude é crucial tanto para o entendimento da existência humana, de modo amplo, quanto para pensar um conceito de religião. A partir desta relação o texto desenvolve três conceitos-chave para o entendimento de religião em e a partir de Kierkegaard. O conceito de desespero é apresentado inicialmente como a má relação entre finitude e infinitude no indivíduo, com consequente perda de sentido existencial, especialmente a partir de O Conceito de Angústia e de A Doença para a Morte. Em segundo lugar, a fé é apresentada como forma da rearticulação entre finitude e infinitude, a partir da noção de duplo movimento, como exposta em Temor e Tremor. Este conceito de fé será iluminado a partir de uma relação pontual com o conceito de preocupação última, de Paul Tillich e, então, o texto retornará Ã problemática de A Doença para a Morte. Por fim, o conceito de amor será desenvolvido a partir de As Obras do Amor como conteúdo que une finitude e infinitude. Esta união, contudo, se dá de forma simbólica e paradoxal. Assim, neste ponto proponho uma leitura que articula a questão do amor com o conceito de paradoxo como desenvolvido em Migalhas Filosóficas.
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