Análise de algumas atitudes sugeridas por William Alston em resposta à diversidade religiosa

Autores

  • Paulo Estevão Tavares Cavalcanti UnB

Resumo

A existência de diversidade religiosa significa que diversas religiões estão competindo entre si em termos da natureza da realidade última e sobre o caminho verdadeiro que eles devem
seguir para atingir o bem maior. Diferentes religiões, entretanto,
apresentam diferentes teorias ou explicações sobre a natureza da
realidade última e sobre a natureza do bem último para os seres humanos. Essas diferenças representam, na maioria das vezes, contradições massivas entre as principais religiões socialmente
estabelecidas ou, na linguagem epistêmica, conflitos epistêmicos
entre as crenças de pares de praticantes dessas diferentes religiões.
O presente artigo discute e analisa algumas possíveis alternativas
apontadas por Alston (1991) para os crentes das principais religiões
socialmente estabelecidas lidarem com as contradições massivas encontradas nas diversas descrições da realidade última, dado o fato da diversidade religiosa. Nesse sentido, são apresentadas,
discutidas e avaliadas a abordagem cultural de John Hick, a hipótese radical naturalista e o conservadorismo epistêmico entendido pelo próprio Alston como a atitude mais provável a ser seguida pelos crentes das diversas matizes religiosas que, ao fim e ao cabo, parece a ser a melhor alternativa no contexto atual

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALSTON, W. P. Perceiving God: The Epistemology of Religious Experience. New York: Cornell University Press, 1991.

BOYER, P. Religion explained: The Evolutionary Origins of Religious Thought. New York: Basic Books, 2001.

BYRNE, P. A philosophical approach to questions about religious diversity. Em: MEISTER, C. (Ed.). The Oxford handbook of religious diversity. Oxford: Oxford university press, 2010. p. 29–41.

HAMER, D. H.: How faith is hardwired into our genes. Em: The God Gene. New York: Dobleday, 2004.

HICK, J. An Interpretation of Religion Human Responses to the Transcendent. London: MacMillan Press, 1989.

HUME, D. Dos milagres. Em: Investigações sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral. 1a ed. São Paulo: UNESP, 2004. p. 153–182.

HUME, D. História Natural da Religião. São Paulo: UNESP, 2005a.

HUME, D. Diálogos sobre a religião natural. São Paulo: Martins Fontes, 2005b.

KING, N. L. Religious Diversity and its Challenges to Religious Belief. Philosophy Compass, v. 3, n. 4, p. 830–853, jul. 2008.

MOSER, P. K. Religious exclusivism. Em: MEISTER, C. (Ed.). The Oxford handbook of Religious Diversity. Oxford: Oxford University Press, 2010. p. 77–88.

OPPY, G. Naturalism and Religion: A Contemporary Philosophical Investigation. New York: Routledge, 2018. v. 1

ROSE, K. Pluralism: the future of religion. New York: Bloomsbury Publishing, 2013.

RUNZO, J. Pluralism and relativism. Em: MEISTER, C. (Ed.). The Oxford handbook of Religious Diversity. Oxford: Oxford university press, 2010. p. 61–76.

RUSE, M. A naturalist Perspective. Em: MEISTER, C. (Ed.). The Oxford Handbook of Religious Diversity. 1a ed. New York: Oxford University Press, 2012.

SWINBURNE, R. THE EXISTENCE OF GOD. 2a ed. New York: Oxford University Press, 2004.

WILSON, E. E. O. On Human Nature. Cambridge: Harvard University Press, 2004.

Downloads

Publicado

2024-07-01

Como Citar

Tavares Cavalcanti, P. E. (2024). Análise de algumas atitudes sugeridas por William Alston em resposta à diversidade religiosa. Revista Brasileira De Filosofia Da Religião, 9(2), 19–44. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/rbfr/article/view/53607

Edição

Seção

Dossiê do X Congresso da ABFR: O futuro da filosofia da religião I