Ensino em Bioética: breve análise da primeira década do Curso de Especialização da Cátedra Unesco de Bioética - UnB

Autores

  • Andréia Gomes Universidade de Brasília
  • Dalila Rodrigues Universidade de Brasília
  • Vanessa Sertão Universidade de Brasília
  • Dora Porto Conselho Federal de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.26512/rbb.v5i1-4.7863

Palavras-chave:

Bioética. Ensino. Aprendizagem. Empoderamento. Emancipação.

Resumo

Este artigo apresenta resultados parciais de pesquisa qualitativa, empreendida no âmbito da Cátedra Unesco de Bioética da Universidade de Brasília (UnB), que realizou levantamento de impressões dos alunos a respeito dos cursos de especialização lato sensu em bioética ofertados pela instituição desde 1999. Baseado em questionário com 18 perguntas abertas e fechadas, a pesquisa contempla tanto a perspectiva estatística básica, definida pela moda das questões fechadas, quanto à análise de discurso das questões abertas, agrupadas em classes segundo critério funcional, que se baseou nas categorias empoderamento e emancipação. Os resultados revelam a opinião desses discentes em relação à importância da bioética como disciplina acadêmica e campo transdisciplinar de produção de conhecimento sobre ética aplicada, bem como sua impressão sobre as distintas edições do curso da qual participaram durante a primeira década de funcionamento. A discussão aponta para o fato da Bioética ser consideradas ferramenta efetiva para o empoderamento e a emancipação e sintetizam as sugestões levantadas para o aprimoramento do curso.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andréia Gomes, Universidade de Brasília

Cátedra Unesco de Bioética, Faculdade de Ciências da Saúde, Brasília, Brasil.

Dalila Rodrigues, Universidade de Brasília

Cátedra Unesco de Bioética, Faculdade de Ciências da Saúde, Brasília, Brasil.

Vanessa Sertão, Universidade de Brasília

Cátedra Unesco de Bioética, Faculdade de Ciências da Saúde, Brasília, Brasil.

Dora Porto, Conselho Federal de Medicina

Cátedra Unesco de Bioética, Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília, Brasília, Brasil.

Referências

Potter VR. Bioethics, the science of survival. Perspectives in Biology and Medicine. 1970; 14:127-53.

Beauchamp T, Childress J. Principles of biomedical ethics. New York, Oxford: Oxford University Press; 1979.

Garrafa V. Radiografía bioética de Brasil. Acta Bioeth. 2000; 6(1):163-181.

Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Normas para pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília: Ministério da Saúde / Comissão Nacional de Ética em Pesquisa; 2000.

Garrafa V. Dimensão da ética em saúde pública. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública USP / Kellogg Foundation; 1995.

Schramm FR. A terceira margem da saúde. Brasília: Editora UnB; 1996.

Reich W, editor. Encyclopedia of bioethics. New York: Macmillan; 1978.

Porto D, Garrafa V. A influência da Reforma Sanitária na construção das bioéticas brasileiras. Ciência & Saúde Coletiva. Para publicação 2008.

Brasil. Ministério da Saúde. Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990.

Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal; 1988.

Garrafa V, Freitas AF, editores. Bioética Global - Biomédica/ biotecnológica, social e ambiental (Cadernos do Ceam). Brasília: Universidade de Brasília

/Ceam/NEPeB/ Cátedra Unesco de Bioética; 2005.

Garrafa V, Porto D. Intervention bioethics: a proposal for peripheral countries in a context of power and injustice. Bioethics. 2003; 17(5-6):399-416.

Garrafa V. Multi-inter-transdisciplinaridade, complexidade e totalida- de concreta em bioética. In: Garrafa V, Kottow M , Saada A, editores. Bases conceituais da Bioética ”“ enfoque latinoamericano. São Paulo: Gaia/Unesco; 2006. p. 73-91.

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura [Internet]. Declaração universal sobre bioética e direitos humanos. Tradução e revisão final: Cátedra Unesco de Bioética da Universidade de Brasília e da Sociedade Brasileira de Bioética. 2005 - [acesso em 20/Dec/2008]. Disponível em: http://www.bioetica.catedraunesco.unb.br/htm/X%20%20htm/documentos/declaracaojulho2006.pdf

Garrafa V, Kottow M, Saada A, editores. Estatuto Epistemológico de la bioética. México: Universidad Nacional Autónoma de México/Red Latinoamericana y del Caribe de Bioética de la UNESCO; 2005.

Tealdi JC, editor. Diccionario latinoamericano de bioética. Bogotá: Unes- co/Universidad Nacional de Colômbia; 2008.

Garrafa, V. Inclusão social no contexto político da bioética. Revista Brasileira de Bioética. 2005; 1(2):122-32.

Garrafa V. Bioética fuerte ”“ una perspectiva periférica a las teorias bioéticas tradicionales. Conferencia: 3er. Congreso de Bioética de America Latina y del Caribe. Panamá, maio/2000.

Foucault M. O nascimento da medicina social. In: Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal; 1982.

Capra F. O modelo biomédico. In: O ponto de mutação. A ciência, a sociedade e a cultura emergente. São Paulo: Cultrix; 1995.

Schramm FR. A saúde é um direito ou um dever? Uma autocrítica da saúde pública. Revista Brasileira de Bioética. 2006; 2(2): 187-200.

Nunes L. Usuários dos Serviços de Saúde e os seus direitos. Revista Brasileira de Bioética. 2006; 2(2):201-19.

Lorenzo C. Vulnerabilidade em saúde Pública: implicações par políticas públicas. Revista Brasileira de Bioética. 2006; 2(3):299-312.

Porto D, Garrafa V. Bioética de intervenção: considerações sobre a economia de mercado. Bioética. 2005; 13(1):111-23.

Schramm FR, Kottow M. Principios bioéticos en salud pública: limitacio- nes y propuestas. Cadernos de Saúde Pública. 2001; 17(4):949-956.

Schramm FR. Bioética sin universalidad? Justificación de una bioética latino Americana y Caribeña de Protección. In: Garrafa V, Kottow M, Saada A, editores. Estatuto epistemológico de la Bioética. México: Universidad Nacional Autónoma de México/ Red Latinoamericana y del Caribe de Bioética de la UNESCO; 2005. p.165-85.

Oliveira MF. Feminismo, raça/etnia, pobreza e bioética: a busca da justiça de gênero, Anti-Racista e de classe. In: Garrafa V, Pessini L,editores. Bioética poder e injustiça. São Paulo: Loyola; 2003. p.345-63.

Oliveira MF. Opressão de gênero, feminismo e bioética: algumas considerações para o debate. Mesa Redonda Gênero e Bioética. RAGCyT ”“ Red Argentina de Gênero, Ciencia y Tecnologia. Buenos Aires, 5 de dezembro de 1998.

Anjos MF. Teologia da Libertação e bioética. In: Privitera S. Dicionário de bioética. Aparecida: Santuário; 2000.

Anjos MF. A vulnerabilidade como parceira da autonomia. RBB 2006; 2:173-86.

Segre M. Definições de bioética e sua relação com a ética, deontologia e diceologia. In: Segre M, Cohen C. (orgs.) Bioética. São Paulo: Edusp; 1999. p.25-6.

Freire P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2001.

Lindo AP. Educação para el desarrollo humano. In: Tealdi JC, editor. Diccionario latinoamericano de bioética. Bogotá: Unesco/Universidad Nacional de Colômbia; 2008. p. 264-6.

Boccatto M, Tttanegro GR. Bioética: a questão da interdisciplinariedade e da transdisciplinariedade. In: Vieira TR, editor. Bioética nas profissões. Petrópolis: Vozes; 2005. p. 15-27.

Siqueira JE, Porto D, Fortes PAC. Linhas temáticas da bioética no Brasil. In: Anjos MF, Siqueira JE, editores. Bioética no Brasil. Tendências e perspectivas. São Paulo/Aparecida: Idéias e Letras/Sociedade Brasileira de Bioética; 2007. p.171.

Garrafa V, Porto D. Bioética de intervención. In: Tealdi JC, editor. Diccionario latinoamericano de bioética. Bogotá: Unesco/Universidad Nacional de Colômbia; 2008. p. 161-4.

Downloads

Como Citar

Gomes, A., Rodrigues, D., Sertão, V., & Porto, D. (2009). Ensino em Bioética: breve análise da primeira década do Curso de Especialização da Cátedra Unesco de Bioética - UnB. Revista Brasileira De Bioética, 5(1-4), 82–105. https://doi.org/10.26512/rbb.v5i1-4.7863

Edição

Seção

Artigos Originais