A Agroecologia e a Marcha das Margaridas
DOI:
https://doi.org/10.33240/rba.v15i5.23043Palavras-chave:
Transição Agroecológica, Movimento de Mulheres, FeminismoResumo
A Marcha das Margaridas é uma mobilização das mulheres do campo, das águas e das florestas, que ocorre no Brasil desde 2000 e que vem, ao longo de suas edições, incorporando a pauta da Agroecologia, por meio de uma reflexão sobre seu desenvolvimento conceitual, no Brasil e no mundo. O conceito passou de uma concepção mais teórica e técnica, para uma perspectiva mais sistêmica, caracterizando-se como ciência, movimento e prática, que incorpora novos temas, a partir da convergência e diálogos de saberes. No processo de organização do movimento agroecológico brasileiro, o diálogo com o movimento feminista foi sendo aprofundado e o lema “Sem feminismo não há Agroecologia” ganhou força e centralidade. O presente trabalho analisa a contribuição histórica das mulheres no tema, sendo suas lutas fundamentais para a construção e ressignificado da Agroecologia. A partir de análises teóricas e documentais, bem como por entrevistas, concluímos que ocorreram mudanças conceituais no tema em cada edição da Marcha, respaldadas pela visibilização da contribuição econômica e política das mulheres rurais e de sua luta contra o patriarcado.
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