El Aporte del Conocimiento Local para el Desarrollo Rural: Un Estudio de Caso Sobre el Uso de la Biodiversidad en dos Comunidades Campesinas Tradicionales del Estado de Mato Grosso – Brasil.
DOI:
https://doi.org/10.33240/rba.v3i1.48920Resumo
Esta investigação tem como questão central revelar a ocultação ou marginalização pela racionalidade ocidental, de grande parte da experiência e da criatividade existente entre camponeses que se autodenominam morroquianos e que vivem nas fronteiras territoriais e agrícolas do Brasil – no estado de Mato Grosso, na região da Morraria, onde domina a fitofisionomia do Cerrado. E isso, porque estes camponeses são praticamente “invisíveis” ou “não-existentes” já que simplesmente não são vistos e se nega sua existência mesma; ou porque a visão dominante percebe sua existência, mas, lhes faz desaparecer negando a eles um papel no processo de desenvolvimento, eliminando ou destruindo tudo que está relacionado com sua forma de produção e organização, como o saber tradicional, as formas de sociabilidade camponesa ou sua peculiar relação com o meio ambiente. A investigação foi realizada a partir de um trabalho etnográfico em duas localidades rurais para analisar as estratégias produtivas locais, quando foi possível conhecer uma realidade complexa e multifacética. Na sua estratégia produtiva, os camponeses da Morraria usam e valorizam a biodiversidade manejando sistemas naturais e agrícolas complexos, usando um grande espectro de cultivos e animais domesticados e não domesticados (agrobiodiversidade), o que requer um conhecimento também complexo. Partiu-se do pressuposto que os conhecimentos tradicionais sobre a biodiversidade podem ser reveladores de idéias e valores coevolutivos relacionados com sua cultura e sua reprodução enquanto categoria social. Desde o ponto de vista da Agroecologia, partimos do pressuposto de que entre os camponeses da Morraria se podem encontrar muitos elementos úteis para desenvolver estratégias agrícolas mais adequadas à complexidade dos processos agroecológicos e socioeconômicos e assim desenhar tecnologias e sistemas agrícolas que satisfaçam suas necessidades específicas. Por outro lado, estes conhecimentos oferecem princípios agroecológicos suscetíveis de apresentar aos demais setores produtivos ferramentas para desenhar agroecossistemas sustentáveis. Esta investigação abarca, por tanto, dimensões da diversidade diretamente relacionadas, como a sociocultural e a biológica.
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