A construção de objetos-de-discurso

Auteurs-es

  • Ingedore Grunfeld Villaça Koch Universidade Estadual de Campinas

DOI :

https://doi.org/10.35956/v.2.n1.2002.p.7-20

Mots-clés :

Referenciação. Progressão textual. Construção de objetos-de-discurso.

Résumé

À luz de uma concepção sociocognitiva e interacional de linguagem, este artigo propõe-se refletir sobre as operações de referenciação, vista não como simples ‘etiquetagem’ de entidades do mundo extra-mental, mas como atividade de construção e reconstrução de objetos-de-discurso. Procede, também, a uma diferenciação entre os processos de ativação/introdução e de reativação/manutenção em foco de objetos anteriormente introduzidos, estabelecendo um quadro dentro do qual se procura dar conta de operações anafóricas como encapsulamento e rotulação, bem como das chamadas anáforas indiretas, inclusive as anáforas associativas. Os exemplos são retirados de um corpus de textos escritos, extraídos de obras literárias e de jornais e revistas de grande circulação (NURC/Brasil).

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur-e

Ingedore Grunfeld Villaça Koch, Universidade Estadual de Campinas

Bacharel em Direito pela USP e formada em Letras — Português/Literatura, é Mestre e Doutora em Língua Portuguesa pela PUC-SP e Livre-docente na área de Análise do Discurso pela UNICAMP. Foi professora-titular do Departamento de Português da PUC-SP, onde atuou nos cursos de Língua e Literatura Portuguesa, Língua e Literatura Inglesa, Secretariado Executivo Bilingüe e Jornalismo. É hoje professora-titular do Departamento de Lingüística do IEL - UNICAMP, onde implantou a área de Lingüística Textual. É autora das seguintes obras: Lingüística Aplicada ao Português: Morfologia e Lingüística Aplicada ao Português: Sintaxe, em co-autoria com M. Cecília Pérez de Souza e Silva; Lingüística Textual: Introdução, em coautoria com Leonor L. Fávero; Argumentação e Linguagem; Texto e Coerência, em coautoria com Luiz Carlos Travaglia; Desvendando os Segredos do Texto, todos publicados pela Cortez Editora; e A Coesão Textual; A Inter-ação pela Linguagem; A Coerência Textual (em coautoria com Luiz Carlos Travaglia); O Texto e a Construção dos Sentidos, editados pela Editora Contexto; Gramática da Língua Portuguesa, em co autoria com Mário Vilela (Ed. Almedina, Coimbra); além de diversos capítulos em coletâneas e artigos em revistas nacionais e internacionais.

Références

Apothéloz, D. (1995). Nominalisations, référents clandestins et anaphors atypiques. En Berrendonner, A. e Reichler-Beguelin M.J. (Eds), Du sintagme nominal aux objects-de-discours (pp. 143-173). Neuchâtel: Université de Nauchâtel.

Apothéloz, D. e Reichler-Beguelin M. J. (1995). Construction de la référence et stratégies de désignation. En Berrendonner, A. e Reichler-Beguelin M. J. (Eds.), Du sintagme nominal aux objects-de-discours (pp. 227-271). Neuchâtel: Université de Nauchâtel .

Apothéloz, D. e Chanet, C. (1997). Défini et démonstratif dans les nominalisations. En De Mulder, W. e Vetters, C. (Eds.), Relations anapboriques et (in)cohérence (pp.159-186). Amsterdam: Rodopi.

Berrendonner, A. e Reichler-Beguelin M.J. (Eds.). (1995). Du sintagme nominal aux objets-de-discours. Neuchâtel: Université de Neuchâtel.

Berrendonner, A. e Reichler-Beguelin, M.J. (1989). Décalages: les niveaux de l’analyse linguistique. Langue Française 120: 5 - 20.

Blikstein, I. (1985). Kaspar Hauser ou A Fabricação da Realidade. São Paulo: Cultrix.

Bosch, P. (1983). Agreement andAnaphora: A study of the role of pronouns in syntax and discourse. Londres: Academic Press.

Brown, G. y Yule, G. (1983). Discourse Analysis. Cambridge: Cambridge University Press.

Cavalcante, M. M. (2000). Expressões indiciais em contextos de uso: por uma caracterização dos deíficos discursivos. Tese de doutorado. Universidade Federal de Pernambuco.

Conte, E. (1996). Anaphoric encapsulation. Belgian Journal of Linguistics: Coherence and anaphora 10: 1-10.

Cornish, F. (1987). Anaphoric pronouns: Under linguistic control or signaling particular discourse representations? Journal ofSemantics 5: 233-260.

Coseriu, E. (1977). Principios de semántica estructural. Madrid: Gredos. Francis, G. (1994). Labelling discourse: an aspect of nominal-group lexical cohesion. En Coulthard, M. (Ed.), Advances in written text analysis (pp.83-101). Londres: Routledge.

Garnham, A. e Oakhill, J. (1990). Discourse processing and text comprehension from A mental models perspective. Language and Cognitive Processes 7: 193-204.

Givon, T. (1983). Topic continuity in discourse: An introduction. En GIVÓN, T. (Ed.), Topic continuity in discourse: A quantitative cross-language study (pp. 142). Amsterdam: Benjamins.

Grize, J. B. (1982). De la logique à l’argumentation. Genebra: Droz.

Johnson-Laird, P. N. (1983). Mental Models. Cambridge: Cambridge University Press.

Kleiber, G. (2001). L’anaphore associative. Paris: Presses Universitaires de France.

Koch, I. G. V. (1999). Expressões referenciais definidas e sua função textual. En Duarte, E. P. (org.), Para sempre em mim: homenagem a ngela Vaz Leão. Belo (138-150). Horizonte: CESPUC.

Koch, I. G. V. (1999) Referenciação: Construção discursiva. Ensaio apresentado por ocasião do concurso para Professor Titular em Análise do Discurso do IEL/UNICAMP, dez. 1999.

Koch, I. G.V. (2002). Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez.

Koch, I. G.V. (2001). A referenciação como atividade cognitivo-discursiva e interacional. Cadernos de Estudos Lingüísticos 41: 75-90, IEL-Unicamp.

Koch, I. G.V. e MARCUSCHI, L. A. (1998). Processos de referenciação na produção discursiva. D.E.L.T.A . 14: 169-190 (número especial).

Lesniewski, S. (1989). Sur lesfondements de la mathématique. Fragments. Trad, de G. Kallinowski. Paris: Hèrmes.

Marcuschi, L. A. (2000). O barco textual e suas âncoras, (mimeo).

Marcuschi, L. A. e I. G. V. Koch (1998). Estratégias de referenciação e progressão referencial na língua falada. En Abaurre, M.B. (org.), Gramática do Português Falado, vol. VIII, Campinas, Edunicamp/Fapesp, no prelo.

Mondada, L. (1994). Verbalisation de l’espace et fabrication du savoir: approche linguistique de la construction des objets du discours. Lausanne: de Lausanne.

Mondada, L. e Dubois, D. (1995). Construction des objets du discours et catégorisation: une approche des processus de référenciation. En Berrendonner, A. e. Reichler-BéGUELIN, M.J. (Eds.), Du sintagme nominal aux objets-de-discours (273-305). Neuchâtel: Université de Neuchâtel.

Prince, E. F. (1981). Toward a taxonomy ofgiven-new information. En COLE, P. (Ed.). Radical Pragmatics. New York: Academie Press.

Saussure, F. de (1916). Cours de Linguistique Générale. Paris: Payot.(ed bras.1975).

Schwarz, M. (2000). Indirekte Anaphern in Texten. Tübingen: Niemeyer.

van Dijk, T. A. (1989). Modelos na memória - o papel das representações da situação no processamento do discurso. En Cognição, Discurso e Interação. São Paulo: Contexto, 1992. (trad, e org. Ingedore Koch).

van Dijk, T. A. (1997). Cognitive context models and discourse. En Oostendorp, H. van e S. Goldman (Eds.), The construction of mental models during reading. Hillsdale, N. J. : Erlbaum, 1998.

Téléchargements

Publié-e

2021-05-03

Comment citer

Koch, I. G. V. (2021). A construção de objetos-de-discurso. Revista Latinoamericana De Estudios Del Discurso, 2(1), 7–20. https://doi.org/10.35956/v.2.n1.2002.p.7-20

Numéro

Rubrique

Artículos

Articles similaires

<< < 1 2 3 4 5 6 > >> 

Vous pouvez également Lancer une recherche avancée d’articles similaires à cet article.