A TEORIA NATURALISTA DOS NOMES NO CRÁTILO DE PLATÃO
Mots-clés :
Platão. Crátilo. Linguagem. Categorização. Forma.Résumé
Este artigo visa realizar uma análise detalhada da obra Crátilo, de Platão, propondo que ela se organiza segundo um padrão dialético, no qual o filósofo se esforça para refutar duas posições filosóficas inadequadas: a de Eutidemo e a de Protágoras. Identificamos que o problema central dessas teorias reside nos seus alicerces ontológicos: os dois pensadores articulam um mundo onde não há critérios lógico-ontológicos que governem o uso da linguagem. Platão critica essas posições, expondo suas consequências indesejáveis, sobretudo, nos domínios ético e epistemológico. A tese principal deste artigo é que Platão se esforça para delinear, em contraste com essas duas teses excêntricas, um projeto filosófico mínimo que permita a tipificação dos seres em diferentes categorias, segundo propriedades objetivas e duráveis (εἴδη, “formas”). Tal projeto visa fundamentar a viabilidade metodológica da linguagem, da dialética e da ética.
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