Dançando pela cidade: fraternidades folclóricas bolivianas em São Paulo
Palavras-chave:
Bol´ívia, São Paulo, Migração, Bolivianos, Festa, MobilidadeResumo
Neste artigo, apresento as festas folclóricas bolivianas em São Paulo, com suas danças e, principalmente, com suas fraternidades, como dinamizadoras de um movimento pelo mapa urbano para além das lógicas produtivas, notadamente as oficinas de costura têxtil, e reprodutivas, como os espaços de lazer. Com calendários festivos amplos no tempo e no espaço da metrópole, esses conjuntos se movimentam, sobretudo, por territórios onde outrora se fixaram para trabalhar ou para viver. Neste processo, não apenas humanos, mas também objetos, ideias, narrativas e capital fluem por diferentes regimes e em distintos fluxos, orientados e orientando a mobilidade festiva boliviana na cidade e as próprias festas. Mais do que isso, as fraternidades servem como meio para avançar em direção a regiões urbanas onde antes só existiam resistências aos bolivianos.
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