Racialização do controle e novas migrações: processos de ilegalização durante a última década na Argentina

Autores

  • Carina Trabalón a:1:{s:5:"pt_BR";s:18:"CONICET-IAPCS/UNVM";}

Palavras-chave:

Migração haitiana, senegalesa e dominicana, Migração e controle de fronteiras, Ilegalização, Experiências de mobilidade, Racialização

Resumo

Este artigo busca conectar a mobilidade de haitianos e haitianos para a Argentina com as reconfigurações que operam nas práticas de controle da migração e de fronteiras a partir da intensificação e progressiva visibilidade de outros grupos de migrantes “extra-Mercosul” na última década. O registro das trajetórias do povo haitiano no quadro de outros movimentos - no caso, do povo dominicano e senegalês - permite perceber a sobreposição que ocorre entre os diversos processos de criminalização, proscrição e racialização por que passam esses grupos no país. O trabalho adota uma metodologia qualitativa baseada na análise documental de diferentes regulamentações, relatórios e discursos, observação participante e entrevistas em profundidade com migrantes haitianos e haitianos. Argumenta-se que as transformações observadas no mapa migratório argentino explicam o surgimento de novas cartografias de poder a partir da intersecção que se estabelece entre as novas estratégias de mobilidade, os processos de ilegalização e a emergência da raça e do gênero como vetores de controle.

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Publicado

2021-03-27

Como Citar

Trabalón, C. (2021). Racialização do controle e novas migrações: processos de ilegalização durante a última década na Argentina. Périplos: Revista De Estudos Sobre Migrações, 5(1). Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/obmigra_periplos/article/view/34727