A musealização dos escombros

Turvações Estratigráficas entre o saque e a ruína

Autores

  • Clarissa Diniz
  • Yuri Firmeza

DOI:

https://doi.org/10.26512/museologia.v9i18.34968

Palavras-chave:

Turvações Estratigráficas. Museu de Arte do Rio. Yuri Firmeza. Morro da Providência. Porto Maravilha.

Resumo

O presente artigo analisa o processo de pesquisa e a exposição Turvações Estratigráficas (2013), ocorrida no Museu de Arte do Rio - MAR.  A partir de uma contextualização do projeto Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, são seguidas as pistas de como os materiais arqueológicos (provenientes da região portuária do Rio) e os escombros provenientes do Morro da Providência foram agentes no espaço do Museu durante Turvações Estratigráficas. Problematiza e refuta o saque onto-epistemológico da condição de escombro para condição de obra de arte produzidos pela musealização dos escombros ao conferi-los “autoria” a Yuri Firmeza e inventariá-los como obra de arte.

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Publicado

2020-11-03

Como Citar

Diniz, C., & Firmeza, Y. (2020). A musealização dos escombros: Turvações Estratigráficas entre o saque e a ruína. Museologia & Interdisciplinaridade, 9(18), 281–300. https://doi.org/10.26512/museologia.v9i18.34968

Edição

Seção

Dossiê Musealização da Performatividade em Coleções Públicas e Privadas