Língua adicional: um conceito “guarda-chuva”
DOI :
https://doi.org/10.26512/rbla.v13i01.37207Mots-clés :
Língua adicional, Interlíngua, Sociocognição, Português brasileiro, EnsinoRésumé
Este artigo apresenta uma reflexão em defesa da expressão “Língua Adicional – LA”, que já vem sendo usada na literatura sobre língua não-primeira (LEFFA, 2013, LEFFA; IRALA, 2014, SCHLLATER, 2015, ALBUQUERQUE, no prelo), mas que ainda provoca discussão por aqueles que se valem de terminologia tradicional. Retomam-se termos como língua estrangeira - LE e o escalonamento L2, L3, L4, para discussão de sua impropriedade em determinados contextos. Situam-se outros como “Língua de Acolhimento - LAc” (ANÇÃ, 2003; GROSSO, 2010) e de “Língua de Herança - LH” (ORTIZ, 2016, 2020), em paradigma que atende às novas demandas de um mundo migratório. Com base em fundamento sociocognitivo (VIGOTSKI, 1984, MARCUSKI, 2004), revisita-se o conceito de interlíngua (SELINKER, 1972) e advoga-se em defesa do uso LA como hiperônimo, conceito “guarda-chuva”, portanto, apropriado para todas as situações, inclusive a específicas.
Palavras-chave: Língua adicional. Interlíngua. Sociocognição. Português brasileiro. Ensino.
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