O morfema É› do Guató: De uma possível marca de ergatividade à marca de concordância.
DOI:
https://doi.org/10.26512/rbla.v5i2.16274Palabras clave:
Linguística AntropológicaResumen
O presente trabalho tem como objetivo apresentar e discutir as informações disponíveis em Palácio (1984) que nos levam a pressupor que o Guató era uma língua de padrão ergativo; entretanto, por causa dos rearranjos estruturais sofridos ao longo do tempo, apenas alguns indícios desse alinhamento foram mantidos. Cogitamos, portanto, que uma possível marca de ergatividade que se combinava com agentes tenha desaparecido por conta das mudanças ocorridas na língua, mas sugerimos que a marca atual de terceira pessoa singular de verbo transitivo pode ter sido, no passado, o morfema que marcava o agente em construções transitivas. Para tanto, consideramos que esse morfema teria sobrevivido apenas na terceira pessoa que, por sua vez, possivelmente não possuía forma fonológica, propiciando uma suposta reanálise do marcador de agente como uma marca de terceira pessoa. Por fim, desenvolvemos também a hipótese de que o atual morfema de concordância de terceira pessoa de verbos transitivos do Guató seria cognato do morfema de ergatividade presente em Timbíra, Maxakalí, Mebengokré, Panará e Xavánte.Descargas
Citas
Camargos, L. S. 2010. Relações gramaticais, aspecto, modo e modalidade em Boróro.Dissertação (Mestrado em Linguística) ”“ Universidade de Brasília.
Dixon, Robert M. W. 1994. Ergativity. Cambridge: Cambridge Univ. Press.
Martins, A. M. S. 2011. Uma avaliação da hipótese de relações genéticas entre o Guató e o tronco Macro-Jê. Tese (Doutorado em Linguística) ”“ Universidade de Brasília.
Palácio, A. P. 1984. Guató, a língua dos índios canoeiros do rio Paraguai. Tese (Doutorado em Linguística) ”“ Universidade Estadual de Campinas.
Rodrigues, Aryon Dall’Igna. 1953. Morfologia do verbo Tupí. Letras 1, pp. 121-152, Curitiba.
______. 1984/1985. Relações internas na família linguística Tupi-Guarani. In: Revista de Antropologia, separata dos volumes XXXVII/XXVIII. São Paulo.
______. 1986. Línguas Brasileiras: para o conhecimento das línguas indígenas. São Paulo: Edições Loyola.
______. 1999. Macro-Jê. In: R.M.W. Dixon & A. Y. Aikhenvald (orgs.). The Amazonian Languages. Cambridge: Cambridge University Press, pp. 164-206.
______. 2001. Flexão Relacional no tronco linguístico Macro-Jê. Boletin ABRALIN 25, pp. 219-131.
Santos, J. P. dos. 2008. Marcas pessoais, concordância de número e alinhamento em Xavánte. Dissertação (Mestrado em Linguística) ”“ Universidade de Brasília.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en RBLA aceptan los siguientes términos:
a) Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho de primera publicación, y el trabajo se licencia simultáneamente bajo la Creative Commons Attribution License, que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría del trabajo y la publicación inicial en esta revista. .
b) Se autoriza a los autores a asumir contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicar en un repositorio institucional o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en este diario.
c) Se permite y se anima a los autores a publicar su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como incrementar el impacto y la citación de el trabajo publicado.