O(S) SENTIDO(S) EM “ELAS SÃO FÁCEIS PORQUE SÃO POBRES”:

UMA ANÁLISE DISCURSIVA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/les.v24i2.43964

Palavras-chave:

Mulheres fáceis, Ucranianas, Análise do Discurso Francesa, Memória Discursiva, Formação Discursiva, Interdiscurso

Resumo

A partir dos processos de significação da expressão “mulher fácil”, o objetivo deste estudo consistiu em problematizar a sobreposição do contexto sócio-histórico às circunstâncias imediatas de produção do discurso “Elas são fáceis porque são pobres”, enunciado pelo agora ex-deputado Arthur Do Val. Não obstante acenar para o sentido que ainda estereotipa brasileiras, o estudo permitiu verificar que aquele aí empregado por Do Val denotaria uma formação discursiva particular. Além disso, para o conjunto de contrapartidas desencadeadas pelas suas falas, sobressairia o fato de “mulher fácil” abranger mulheres situadas num cenário de guerra, referenciadas como “refugiadas” por esse próprio enunciador. 

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Biografia do Autor

Iara Mola, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Doutoranda em Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie sob a orientação da Profa. Dra. Diana Luz Pessoa de Barros e mestre em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem sob financiamento do CNPq e orientação da Profa. Dra. Maria Cecília Pérez de Souza-e-Silva pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em Linguística Aplicada, empreendendo uma pesquisa voltada a depreender como se configura a atividade de trabalho do redator de textos técnicos, deteve-se sobretudo nos estudos enunciativos-discursivos à luz da Análise do Discurso de vertente francesa, articulando-os também àqueles oriundos da área da Ergologia a partir de Yves Schwartz. Em Letras, à luz dos preceitos teóricos da Semiótica Discursiva, atualmente se interessa pelo estudo das regularidades linguístico-discursivas nos textos enunciados por mulheres vítimas de violência doméstica.

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Publicado

2023-12-28

Como Citar

Mola, I. (2023). O(S) SENTIDO(S) EM “ELAS SÃO FÁCEIS PORQUE SÃO POBRES”: : UMA ANÁLISE DISCURSIVA. Cadernos De Linguagem E Sociedade, 24(2), 179–199. https://doi.org/10.26512/les.v24i2.43964