MULHERES NEGRAS NO STAND-UP E SUAS TÁTICAS DE LINGUAGEM NA FEITURA DE LIBERDADES

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.26512/les.v23i2.43500

Mots-clés :

Mulheres negras, Humor, Humor-negro, Escrevivência

Résumé

O corpo ferido pela colonialidade tem sua existência destituída, seus conhecimentos pilhados pela ciência e pela arte, sendo enunciados pelo corpo-padrão, autoproclamado o marco zero da (de)colonialidade. Nosso objetivo é problematizar e anunciar o Humor Negro, em especial, no seu formato de stand-up protagonizado por mulheres negras brasileiras, como prática crítica e de denúncia ao cinismo da branquitude. Ocupar o espaço de poder do palco nesse tipo de arte é uma postura que resgata o direito à existência dessas mulheres no palco da vida, ao direito de contar suas próprias histórias por si mesmas e performar outras negruras no cenário artístico do Brasil.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur-e

Ludmila Pereira de Almeida , Universidade Federal de Goiás

Doutora em Letras e Linguística, Mestra em Comunicação, licencaida em Português e bacharela em Linguística pela Universidade Federal de Goiás. Especialista em Estudios Afrolatinoamericanos y caribenhos, pelo Consejo Latino-Americano de Ciencias Sociales (CLACSO). Membra da Gira Leodegária de Jesus do Coletivo Magnífica Mundi. E-mail: ludjornalismo@gmail.com

Tânia Ferreira Rezende, Universidade Federal de Goiás

Licenciada em Letras Português/Inglês pelo Centro Universitário UniEvangélica de Anápolis, Goiás, Mestra em Letras e Linguística/Estudos Linguísticos pela UFG e Doutora em Linguística pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professora na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia, Goiás. Atua no ensino, pesquisa, extensão e orientação na área de Português, língua de relações intra e interculturais, na graduação e na pós-graduação, na linha de pesquisa Linguagem, Sociedade e Cultura, no campo da Sociolinguística, com ênfase em Cosmolinguística e Letramento, nas perspectivas da transculturalidade e do translinguajamento. Líder do Obiah Grupo de Estudos Interculturais da Linguagem e membra da Gira de Mulheres Negras e Indígenas Leodegária de Jesus. Desenvolve os projetos de pesquisa e extensão “Práticas Interculturais de Letramentos no Pluralismo Sociolinguístico”, “Práticas Interculturais de Letramentos na/para a Diversidade” e “Matriperformances de Mulheres Cerradeiras do Brasil Central: “escrevivência, a escrita de nós”, palavras-magias que libertam, narrativivências que curam”, que representam seus interesses de pesquisa. E-mail: taferez@ufg.br Lattes:  http://lattes.cnpq.br/9438105037411040

Références

ALMEIDA, Silvio. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte: Letramento, 2018.

ANI, Marimba. Yurugu. Uma Crítica Africano-Centrada do Pensamento e Comportamento Cultural Europeu. Lagos: Africa World Press,1892.

BONFIM, Vânia Maria da Silva. A identidade contraditória da mulher negra brasileira: bases históricas. In: NASCIMENTO, Elisa L.(Org.). Afrocentricidade - uma abordagem epistemológica inovadora. São Paulo: Selo Negro, 2014.

CORREA, Marco Aurélio da Conceição. A resposta pro cinismo branco é o deboche preto. Portal Geledés. 2020. Disponível em: https://www.geledes.org.br/a-resposta-pro-cinismo-branco-e-o-deboche-preto/. Acesso em: 17 jan. 2022.

EVARISTO, Conceição. Escrevivências com Conceição Evaristo. 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ehSaZiXLOvY. Acesso em: 10 ago. 2021.

EVARISTO, Conceição. A Escrevivência e seus subtextos. In: DUARTE, Constância Lima; NUNES, Isabella Rosado. Escrevivência: a escrita de nós - reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo. Ilustrações: Goya Lopes. 1. ed. Rio de Janeiro:Mina Comunicação e Arte, 2020.

FONSECA, Dagoberto José. Bakhtin e Exu: O riso da vitória e da transgressão. In: A piada: discurso sutil de exclusão, um estudo do risível no “racismo à brasileira”. 1994. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Programa de Ciências Sociais, Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo.

GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, Anpocs, p. 223-244, 1984.

MARTINS, Leda Maria. Ateliê de Ideias: Encruzilhada referencial do dramaturgo diaspórico. 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6Kss5gRCvnY. Acessado em: 10/01/2022.

MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Trad. Marta Lança. Lisboa: Antógona, 2017.

MOREIRA, Adilson. Racismo recreativo. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.

RUFINO, Luiz. Pedagogia das Encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula Editorial, 2019.

SALES JR., Ronaldo L. Democracia racial: o não-dito racista. Tempo Social, revista de sociologia da USP, 2006, v. 18, n. 2.

TIA MÁ. De cara com Tia Má. 2018. Disponível em: https://youtu.be/5Zb03vdMsVA. Acesso em: 17 jan. 2022.

TIA MÁ. O processo para pentear cabelos crespos na infância. 2019. Disponível em: https://www.instagram.com/tv/B5yBldHD935/. Acesso em: 17 jan. 2022

VERONELLI, Gabriela Alejandra; DAITCH, Silvana Leticia. Sobre a colonialidade da linguagem. Revista X, [S.l.], v. 16, n. 1, p. 80-100, fev. 2021. ISSN 1980-0614. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/revistax/article/view/78169>. Acesso em: 31 dez. 2021. doi:http://dx.doi.org/10.5380/rvx.v16i1.78169.

Téléchargements

Publié-e

2022-12-27

Comment citer

Pereira de Almeida , L. ., & Ferreira Rezende, T. (2022). MULHERES NEGRAS NO STAND-UP E SUAS TÁTICAS DE LINGUAGEM NA FEITURA DE LIBERDADES. Cadernos De Linguagem E Sociedade, 23(2), 217–233. https://doi.org/10.26512/les.v23i2.43500

Numéro

Rubrique

Dossiê Questões Raciais, em intersecção, como agentes de transformação no campo