O USO DE NOMINALIZAÇÃO COMO RECURSO DE IMPESSOALIZAÇÃO EM ARTIGOS CIENTÍFICOS ESCRITOS EM LÍNGUA PORTUGUESA: UM ESTUDO COM BASE NA LINGUÍSTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL
DOI:
https://doi.org/10.26512/les.v19i1.10871Palabras clave:
Nominalização. Construções Impessoais. Linguística Sistêmico-Funcional.Resumen
Este artigo analisa as nominalizações mais frequentes encontradas em um corpus formado por 1225 artigos científicos de diversas áreas do conhecimento, escritos em Língua Portuguesa (LP), coletados aleatoriamente da plataforma Scielo, com suporte teórico-metodológico da Linguística Sistêmico-Funcional (Halliday, 1985, 1994, Halliday & Mattthiessen, 2004) e de ferramentas computacionais do programa WordSmith Tools (SCOTT, 2008). O discurso da ciência transforma o mundo em nomes, em coisas estáveis enquanto são observados em experimentos, medidos e pensados/compreendidos. Muitos desses usos são explorados neste artigo que busca descrever como as nominalizações são construídas no discurso, revelando seu papel de empacotar informações, deixando a linguagem mais abstrata, mais condensada e mais acadêmica. Espera-se que ao entender como as nominalizações são utilizadas nos textos, materiais didáticos e cursos de LP instrumentais possam ser elaborados para alunos de cursos de graduação e pós-graduação.
Descargas
Citas
BAZERMAN, C. Modern evolution of the experimental report in Physics: spectroscopy articles in Physical Review, 1893-1980. Social Studies in Science, 14:163-196, 1984.
BHATIA, V. K. Analysing genre: language use in professional settings. Longman, 1993.
BERBER SARDINHA, T. Semantic prosodies in English and Portuguese: A contrastive study. Cuadernos de Filología Inglesa. Murcia, Spain V.9, 1:93-100, 2000.
BERBER SARDINHA, T. Linguística de Corpus. Barueri-SP: Manole, 2004.
BERNSTEIN, B. Class, code and control. v.1. Londres: Routledge & Kegan Paul, 1971.
BIBER, D. et al. Corpus Linguistics: investigating language structure and use. Cambridge: Cambridge University Press, 1998.
BORSINGER, A. Working with disciplinary discourses in the light of systemic functional theory. DELTA: Revista de Documentação de Estudos em Linguística Teórica e Aplicada, 25/1:131-153, 2009.
CORBETT, J. Genre and genre analysis. In L. M. Jacob (Ed.), Concise Encyclopedia of Pragmatics. 2nd edition. 286-292. Oxford: Elsevier, 2009.
DEREWIANKA, B. Grammatical metaphor in the transition to adolescence. In A.-M. SimonVandenbergen, M. Tavernier, & L. Ravelli (Eds.), Grammatical metaphor: Views from systemic functional linguistics, Amsterdam/Philadelphia: Benjamins, 2003.
DAVIES, B. et al. (Eds.), Reading Bernstein, Researching Bernstein. London: RoutledgeFalmer 1989.
EGGINS, S. An introduction to systemic functional linguistics. Londres: Pinter, 1994.
FOWLER, R. Language in the news. Londres: Routledge, 1991.
FRANCIS, G. Labelling discourse. In: M. Coulthard (Ed.), Advances in written text analysis. London & New York: Routledge, 1989. p. 83-101.
HALLIDAY, M.A.K. An Introduction to Functional Grammar. London: Edward Arnold, 1985.
HALLIDAY, M. A. K. e MARTIN, J. R. Writing science: literacy and discursive power. London: Palmer, 1993.
HALLIDAY, M. A. K. An introduction to Functional Grammar. London: Edward Arnold, 1994.
HALLIDAY, M. A. K. The language of science. New York: Continuum, 2004.
HALLIDAY, M. A. K. e MATTHIESSEN, C. M.I.M. An introduction to Functional Grammar. London: Edward Arnold. Third Edition, 2004.
HALLIDAY, M. A. K. e MATTHIESSEN, C. M.I.M. An introduction to Functional Grammar. London: Edward Arnold. Third Edition, 2014.
IKEDA, S. et al. As metáforas e a persuasão em editorial de jornal: um enfoque da Linguística Sistêmico-Funcional. Veredas: UFJF, v. 19, n. 2, 2015.
MORAIS, F. B. C. Entre alhos e bugalhos: os diferentes usos do clítico SE na escrita acadêmica. Doutorado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem. PUC-SP, 2013a.
MORAIS, F. B. C. As construções médias nos artigos científicos de linguística. Cadernos de Linguagem e Sociedade, v.14, n.2, p. 184-206, 2013b.
MORAIS, F. B. C. & BARBARA, L. Um uso muito particular do clítico SE. Letras (UFSM), v. 50, 2015a.
MORAIS, F. B. C. O uso do processo existencial “haver” na escrita acadêmica ”“ um estudo com base em um corpus de artigos científicos de diversas áreas do conhecimento. (Con)textos Linguísticos (UFES), v. 10, n.14, 2015b.
ROSE, D. Sequencing and Pacing of the Hidden Curriculum: how Indigenous learners are left out of the chain. In J. Muller, A. Autor & B. Davies (Eds.), Reading Bernstein, Researching Bernstein. London: RoutledgeFalmer 1989.
SCOTT, M. R. WordSmith Tools v. 5. Software for text analysis. Oxford: Oxford University Press, 2008.
SWALES, J. M. Language and scientific communication: The case of the reprint request. Scientometrics, v.13, p. 93-101, 1989.
SWALES, J. M. Genre analysis ”“ English in academic and research settings. Cambridge University Press, 1990
SWALES, J. M. & FEAK, C. B. Academic writing for graduate students. Michigan: The University of Michigan Press, 1999.
VEEL, R. The greening of school science: ecogenesis in secondary classrooms. In J. R. Martin & R. Veel (Eds.), Reading science: functional and critical perspectives on the discourses of science. London: Routledge, 1999.
ZHENG, S. YANG, A. e GUANGCHUN, G. Functional stylist analysis: transitivity in englishmedium medical research articles. International Journal of English Linguistics. v. 4.n. 2, 2014.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores/as que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores/as mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
