Por um lugar mais ao sol para a pesquisa-ação educacional no fazer científico da Linguística Aplicada decolonial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/les.v26i1.58172

Palavras-chave:

Linguística Aplicada, Decolonialidade, Pesquisa-ação educacional

Resumo

Este texto defende a pesquisa-ação educacional como método privilegiado de dialogização com geração e análise de dados ao se adotar pressupostos decoloniais em Linguística Aplicada (LA), entendida como área que se preocupa com temas transversais nos quais a linguagem é central. Por meio da adjetivação ‘educacional’ para a pesquisa-ação, localizamos suas especificidades e relemos dados da tese de doutorado de Xxxxxxx (2024) para visibilizar o vínculo ideológico entre abordagem metodológica, problema de pesquisa e o fazer pesquisa em LA na, da e para a escola.  A análise registra que a pesquisa-ação educacional contribui e privilegia um fazer pesquisa (sempre mais) decolonial porque: i) promove o suleamento reflexivo, já que permite o despontar do comprometimento social e ideológico do professor-pesquisador; ii) transpõe discussões locais como pautas translocais; e iii) contribui para que os participantes da pesquisa se emancipem ao perceberem outros ângulos de dinâmicas antes invisibilizadas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fernanda de Castro Modl, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Professora Titular B da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Departamento de Estudos Linguísticos e Literários - DELL Área de Metodologia e Prática de Ensino - AMPE Programa de Pós-Graduação em Letras: Cultura, Educação e Linguagens Linha de pesquisa: Linguística Aplicada Pós-Doutora em Linguística Aplicada (UFC) Doutora em Linguística e Língua Portuguesa (PUCMinas), área de concentração: Linguística Aplicada, com período sanduíche na Ludwig-Maximilians-Universität München (LMU) em Pedagogia Intercultural.

Referências

ANDRADE, F. R. da S. Proposta metodológica para o ensino dialógico de leitura sob o amparo indisciplinar e decolonial da Linguística Aplicada. 2024. 332 f. Tese (Doutorado em Linguística) - Programa de Pós-Graduação em Linguística, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2024.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Tradução de Maria Ermantina Galvão G. Pereira. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

BAKHTIN, M. Teoria do romance II: As formas do tempo e do cronotopo. Tradução, posfácio e notas de Paulo Bezerra; organização da edição russa de Serguei Botchararov e Vadim Kójinov. São Paulo: Editora 34, 2018.

BURNS, A. Doing action research in English language teaching: a guide for practitioners. New York: Routledge, 2010.

CELANI, M. A. A. Afinal, o que é Linguística Aplicada. In: PASCHOAL, M. S. Z.; CELANI, M. A. A. (orgs.). Linguística Aplicada: da aplicação da linguística à linguística transdisciplinar. São Paulo: EDUC, 1992, p. 15-24.

CELANI, M. A. A. Transdisciplinaridade na Linguística Aplicada No Brasil. In: SIGNORINI, I.; CAVALCANTI, M. C. (org.). Linguística Aplicada e Transdisciplinaridade. Campinas: 1998, p. 129-142.

CLOT, Y. Trabalho e Poder de Agir. Belo Horizonte: Fabrefactum, 2010.

CLOT, Y. O ofício como operador de saúde. Caderno de Psicologia Social do Trabalho. São Paulo, v.16, n.1, p.1-11, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.v16ispe1p1-11 Acesso em: 14 mar.2025.

DAMIANOVIC, M. C. O linguista aplicado: de um aplicador de saberes a um ativista político. Linguagem & Ensino, v. 8, n. 2, 2005, p. 181-196.

FABRÍCIO, B. F. Linguística Aplicada como espaço de desaprendizagem: redescrições em curso. In: MOITA LOPES, L. P. Por uma linguística aplicada indisciplinar. São Paulo: Parábola, 2006, p. 45-66.

FREIRE, P. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984.

HAMMES-RODRIGUES, R.; CERUTTI-RIZZATTI, M. E. Linguística Aplicada: ensino de língua materna. Florianópolis: LLV/CCE/UFSC, 2011.

MOITA LOPES, L. P. Pesquisa interpretativista em Linguística Aplicada: a linguagem como condição e solução. Delta, São Paulo, v. 10, n. 2, p. 329-338, 1994.

MOITA LOPES, L. P. Contexto institucionais em Linguística Aplicada: novos rumos. Intercâmbio, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 1-15, 1996a.

MOITA LOPES, L. P. Oficina de Linguística Aplicada. Campinas: Mercado de Letras, 1996b.

MOITA LOPES, L. P. (org.) Por uma linguística aplicada indisciplinar. São Paulo: Parábola, 2006.

PAIVA, V. L. M. de O. e. Manual de pesquisa em estudos linguísticos. São Paulo: Parábola, 2019.

PENNYCOOK, A. Uma linguística aplicada transgressiva. In: MOITA LOPES, L.P. Por uma Linguística Aplicada indisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial, 2006, p. 67-84.

RAJAGOPALAN, K. A linguística aplicada e a necessidade de uma nova abordagem. In: RAJAGOPALAN, K. Por uma linguística aplicada crítica: linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola, 2003, p. 77-114.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico¬-crítica: Primeiras aproximações. 2. ed. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1991.

THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 1986.

TONET, I. O padrão marxiano. In: TONET, I. Método científico: uma abordagem ontológica. São Paulo: Lukács, 2013, p. 65-126.

ZOZZOLI, R. M. D. Produção e autonomia relativa na aprendizagem de línguas. In: LEFFA, V. (org.) Pesquisa em Linguística Aplicada: temas e métodos. Pelotas: Educat, 2006, p. 99-138.

Downloads

Publicado

2025-07-01

Como Citar

Andrade, F. R. da S., & Modl, F. de C. (2025). Por um lugar mais ao sol para a pesquisa-ação educacional no fazer científico da Linguística Aplicada decolonial. Cadernos De Linguagem E Sociedade, 26(1), 22–41. https://doi.org/10.26512/les.v26i1.58172