Agenciamentos sociodiscursivos no contexto escolar
DOI:
https://doi.org/10.26512/les.v22i2.36415Palavras-chave:
Discurso, Agência, AgenciamentoResumo
Neste artigo, abordamos o conceito sociológico de agência, desenvolvendo a noção de agenciamento em perspectiva discursiva crítica, com base nos pressupostos teóricos da abordagem morfogenética (ARCHER, 1995, 1996, 2003, 2004, 2012). Para perceber como agenciamentos emergem e se intensificam nas práticas sociais, consideramos uma ação sociopedagógica situada, o Programa Mulheres Inspiradoras (PMI), observando as experiências de estudantes do Ensino Médio. As análises dos dados etnográficos recaem sobre os discursos articulados pelos/as discentes para representar e identificar as experiências formativas (FAIRCLOUGH, 2003, 2016). Para operacionalizar as análises textualmente orientadas, mobilizamos a categoria seleção lexical. Os discursos analisados apontam para a emergência e intensificação de agenciamentos epistêmicos, políticos e identitários.
Downloads
Referências
ALBUQUERQUE, Gina Vieira Ponte de. Programa Mulheres Inspiradoras e identidade docente: um estudo sobre pedagogia transgressiva de projeto na perspectiva da Análise de Discurso Crítica. 175f. Dissertação (Mestrado). Instituto de Letras, Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
ARCHER, Margaret. The reflexive imperative in late modernity. Cambridge: Cambridge University Press, 2012.
ARCHER, Margaret. Being human: the problem of agency. United Kingdom: Cambridge University Press, 2004.
ARCHER, Margaret. Structure, agency and the internal conversation. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
ARCHER, Margaret. Culture and Agency: the place of culture in social theory. Cambridge: Cambridge University Press, 1996 [1988].
ARCHER, Margaret. Realist Social Theory: the morphogenetic approach. Cambridge: Cambridge University Press, 1995.
BHASKAR, Roy. Philosophy and scientific realism. In: ARCHER, Margaret. et al. Critical realism: essential readings. London: Routledge, 1998.
BOLIVAR, Antonio; DOMINGO, Segovia; FERNÁNDEZ, Jesus Manuel. La investigación biográfico-narrativa en educación. Madrid: Editorial la Muralla, 2001.
BUTLER, Judith. Relatar a si mesmo: crítica da violência ética. Tradução de R. Bettoni. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
CONNELL, Raewyn. Gênero em termos reais. Tradução de M. Moschkovich. São Paulo: nVersos, 2016.
FAIRCLOUGH, Norman. Discurso e mudança social. Coordenadora de tradução: Izabel Magalhães. 2.ed. Brasília: Universidade de Brasília, 2016 [1992].
FAIRCLOUGH, Norman. Analysing Discourse: textual analisys for social research. London: Routledge, 2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012 [1968].
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educative. 39.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2009 (1996).
GIROUX, Henry. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Tradução de Daniel Bueno. Porto Alegre: Artmed, 1997.
LAKOFF, George; JOHNSON, Mark. Metáforas da vida cotidiana. Coordenação de tradução: Mara Sophia Zanotto. Campinas (SP): Mercado de Letras, 2002.
LOURO, Guacira. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 16.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
MAGALHÃES, Izabel. Protagonismo da linguagem: textos como agentes. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 17, n. 4, p. 575-598, 2017.
MARTIN, Jim; ROSE, David. Genre relations: mapping culture. London: Equinox, 2008.
MCLAREN, Peter. Critical Pedagogy and Predatory Culture: políticas de oposição em uma era pós-moderna. London and New York: Routledge, 2002 [1995].
OLIVEIRA, Nuno. Entre cila e caríbdis: o realismo social de Margaret Archer. Sociologia, problemas e práticas. N. 65, p. 119-139, 2011.
PEDRO, Emília. (Org.). Análise Crítica do Discurso: uma perspectiva sociopolítica e funcional. Lisboa: Editorial Caminho, 1997.
VAN LEEUWEN, Theo. A representação dos atores sociais. In: PEDRO, E. (Org.) Análise Crítica do Discurso: uma perspectiva sociopolítica e funcional. Lisboa: Caminho, 1997. pp. 169-222.
WALSH, Catherine (Ed.). Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo I. Quito, Ecuador: Ediciones Abya-Yala, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Cadernos de Linguagem e Sociedade do Programa de Pós-Graduação em Linguística da UnB é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores/as que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores/as mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.