As metáforas do Big Data: da exploração mineral à bioética
DOI:
https://doi.org/10.26512/les.v22i2.33848Palavras-chave:
Big data, Metáfora Conceitual, Semiótica, Pragmatismo, BioéticaResumo
A partir da semiótica e do pragmatismo peirceanos e da Teoria da Metáfora Conceitual, discutimos a emergência do conceito de Big Data no interior de campo semântico em disputa entre diversas epistemologias regionais. A adoção de diferentes metáforas para explicar o Big Data revela intencionalidades de apropriação dos dados produzido pelas tecnologias digitais de acordo com interesses econômicos. Sugerimos a adoção de metáforas que explicitem os riscos de invasão de privacidade, exposição da subjetividade e manipulação de informações sensíveis dos indivíduos, que obrigaria a produção de uma deontologia mais próxima da bioética do que da economia e/ou administração de empresas.
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