A ECOLOGIA LINGUÍSTICA NAS PLACAS E ANÚNCIOS POPULARES
DOI:
https://doi.org/10.26512/les.v14i1.22225Palavras-chave:
Ecologia do contato de línguas. Oralidade e escrita. Ecolinguística.Resumo
Pela linguagem o homem se constitui como sujeito social e, portanto, cultural. Dada a importância da escrita para as civilizações letradas, necessário é o estudo da interface língua falada versus escrita para percebermos como estas instâncias discursivas se relacionam como práticas interacionais e as questões culturais aí subjacentes.Os fenômenos da modalidade oralizada do português do Brasil semostram presentes nas placas e anúncios populares. Nesse tipo de escrita, a ecologia linguística se revela nas propriedades fonéticofonológica e morfológica da gramática e revela muitos fenômenos para investigação. O objetivo da pesquisa foi a reflexão sobre a escrita oralizada do Português do Brasil sob o viés da ecologia linguística, fazendo algumas reflexões sobre as hipóteses sobre a escrita com base na forma oral/prosódica. Isso quer dizer que a habilidade de utilizar variantes linguísticas, de transitar de um código ou estilo para outro, de selecionar variantes fonéticas e padrões prosódicos apropriados fazem parte da competência comunicativa que os falantes elaboram de acordo com as diversas apropriações que fazem dos códigos linguísticos, ainda que tais recursos estejam em desacordo com a norma padrão e sejam socialmente avaliados pejorativamente.Downloads
Referências
BAGNO, BAGNO. A norma oculta: língua & poder na sociedade brasileira. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
BARTON, D. Literacy: an introduction to ecology of Whitten language. London: Blackwell, 1994.
BORTONI-RICARDO, S.M. Nós cheguemu na escola, e agora? Sociolinguística & Educação. São Paulo: Parábola, 2005.
_______. Educação em língua materna. A Sociolinguística na sala de aula. São Paulo: Parábola, 2004.
_______. The Urbanization of Rural Dialect Speakers in Brasil. Cambridge University Press, 1985.
BRASIL. (1997). Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, vol. 2.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. São Paulo: Scipione, 1989.
_______. Alfabetizando sem ba, be, bi, bo, bu. São Paulo: Scipione, 1999.
CARRAHER, Terezinha Nunes. Exploração sobre o desenvolvimento da competência em ortografia em português. Psicologia, teoria pesquisa, vol.1, nº 3, pp. 269-285, 1985.
COUTO, Hildo Honório do. Linguística, ecologia e ecolinguística: contato de línguas. São Paulo: Contexto, 2009.
_________. Ecolinguística: estudo das relações entre língua e meio ambiente. Brasília: Thesaurus, 2007.
_________. Introdução ao estudo das línguas crioulas e pidgins. Brasília: UnB, 1996.
ERICKSON, F. Transformation and School Success: the Politics and Culture of Educational Achievement. Anthropology & Education Quarterly, vol. 18, n.
14, 1987.
FARACO, Carlos Alberto (org). A relevância social da linguística: linguagem, teoria e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
_______. Escrita e alfabetização. São Paulo: Contexto, 1997.
HAUGEN, Einar. The ecology of language. In.: The ecology of language. Stanford: Stanford University Press, 1972.
LOPES, Iveuta de Abreu. Cenas de letramento sociais. Recife: Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE, 2006.
MARCUSCHI, Luiz Antonio. Da Fala para a Escrita: Atividades de Retextualização. São Paulo: Editora Corte, 2001.
MILROY, L.; MARGRAIN, S. Vernacular Language Loyalty and Social Network. Language In.: Society, vol. 9, pp. 43-70, 1980.
_________. Language and Social Networks. Oxford: Brasil Blackwell, 1980.
MOLLICA, Maria Cecília.. Fala, letramento e inclusão social. São Paulo: Contexto, 2007.
__________. A influência da fala na Alfabetização. 2ª ed., Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1998.
PERINI, Mário A. Gramática do Português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras, 1996.
ZORZI, Jaime Luiz. A apropriação do sistema ortográfico nas 4 séries do primeiro grau. Tese de doutorado, UNICAMP, 1997.
___________. Aprendizagem e distúrbios da linguagem escrita: questões clínicas e educacionais. Porto Alegre: Artemed, 2003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores/as que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores/as mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.