Um Olhar Fenomenológico sobre as Crises Existenciais na Contemporaneidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/rfmc.v8i1.28914

Palavras-chave:

estresse, ansiedade, niilismo, depressão, ser-aí

Resumo

Este trabalho consiste em uma reflexão hermenêutico-fenomenológica sobre a indigência do nosso tempo. Traz, na verdade, uma outra compreensão acerca dos malefícios que o atual momento tem causado ao ser humano ao imprimir um modelo de vida oferecido desde a modernidade e que implicou em uma série de inquietações, criando novas patologias. Trata-se de um movimento histórico, conhecido por Niilismo, que nos deu uma “nova morada”, a qual, paradoxalmente, se mostra como não morada, um não-lugar, ou seja, um lugar estranho. Nesse lugar, residem desassossegos vigentes, como cansaço, stress, ansiedade, tédio, melancolia, depressão etc. Todavia, essas crises existenciais são interpretadas pelas ciências naturais como algo exclusivamente inerente ao corpo biológico dado. Essa interpretação é amplamente questionada aqui ao compreender que tais fenômenos só serão devidamente compreendidos mediante a analítica existencial do ser-aí humano, haja vista esse ente constituir-se como um ser-no-mundo que tem como horizonte a temporalidade.

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Biografia do Autor

Rogério Holanda da Silva, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/UERN

Atuou como professor do departamento de Filosofia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte ”“ DFI/UERN. Formado em Filosofia, Geografia e Mestre em Ciências Sociais e Humanas. Pesquisador na área da filosofia contemporânea com ênfase na fenomenologia e existencialismo.

Ricardo Décio, Universidade Potiguar, UNP

Bacharel em Psicologia pela Universidade Potiguar ”“ UNP. Integrante do Núcleo de Estudos, Ensino e Investigações em Filosofia ”“ NEFIL/UERN. Pesquisador da abordagem Daseinsanálise: de base hermenêutica, fenomenológica e existencial.

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Publicado

20-09-2020

Como Citar

HOLANDA DA SILVA, Rogério; DÉCIO, Ricardo. Um Olhar Fenomenológico sobre as Crises Existenciais na Contemporaneidade . Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, [S. l.], v. 8, n. 1, p. 285–305, 2020. DOI: 10.26512/rfmc.v8i1.28914. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/28914. Acesso em: 28 mar. 2024.