Leidenschaften und Interessen: Hegel und die kritische Begründung der politischen Ökonomie

Autores

  • Filipe Augusto Barreto Campello de Melo Universidade Federal de Pernambuco, UFPE

DOI:

https://doi.org/10.26512/rfmc.v1i2.12270

Palavras-chave:

Emoções, Instituições, Justiça social, Solidariedade institucionalizada, Mercado, Vontade livre, Liberdade social

Resumo

O presente artigo discute a teoria hegeliana da sociedade civil dentro de um quadro atual, tendo em vista principalmente a tensão entre paixões e interesses encontrada no modelo econômico-político do capitalismo. Esse argumento será desenvolvido em dois momentos. Primeiramente, apresento a contribuição teórica de Hegel a esse debate a partir da concepção de que as paixões se ligam a um conteúdo “particular”, que somente são concebidas como “racionais” através de um processo de formação específico. Eu procuro mostrar que Hegel liga essa expressão individual de preferências e o preenchimento de interesses pessoais através de uma formação da vontade institucionalmente mediada, através da qual os padrões de ação e de fins individuais são compreendidos enquanto formas inclusivas. Em um segundo momento, proponho que um quadro institucional deve promover as garantias de uma satisfação recíproca de interesses individuais, que, ao mesmo tempo, não sejam concebidos externamente aos participantes no mercado e no trabalho, mas que sejam fundamentadas a partir de uma legítimo sentimento de pertencimento social. Concluo com a proposta de uma “solidariedade institucionalizada”, que deve ser complementar à contingência do sentimento individual: essas esferas só são legitimadas normativamente quando elas ”“ segundo o padrão da vontade livre ”“ expressa, por um lado, o reconhecimento recíproco e a satisfação de preferências individuais, e, por outro, interesses descentrados em vista das relações sociais.

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Biografia do Autor

Filipe Augusto Barreto Campello de Melo, Universidade Federal de Pernambuco, UFPE

Possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco (2006), mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2008) e doutorado em Filosofia pela Goethe-Universität Frankfurt (2013) com uma tese sobre a relação entre afetos e instituições em Hegel. Participou também de projetos de pesquisa em filosofia política e do grupo de estudos em teoria crítica no Instituto de Pesquisas Sociais em Frankfurt. Tem publicações no Brasil e no exterior sobre temas como natureza humana, subjetividade e teoria crítica. As áreas de interesse compreendem filosofia social e política, idealismo alemão, teoria crítica e estética.

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Como Citar

MELO, Filipe Augusto Barreto Campello de. Leidenschaften und Interessen: Hegel und die kritische Begründung der politischen Ökonomie. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, [S. l.], v. 1, n. 2, p. 226–253, 2014. DOI: 10.26512/rfmc.v1i2.12270. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/12270. Acesso em: 17 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos