Novos escritos dos cárceres:
uma análise de caso. Luiz Alberto Mendes, Memórias de um sobrevivente
Resumen
O trabalho apresenta uma leitura do livro de Luiz Alberto Mendes, Memórias de um Sobrevivente, publicado em 2001, no contexto das demais obras dos cárceres paulistas publicadas nos últimos anos. O livro é lido em seu momento confessional, como uma “ego-escrita” com uma encenação da violência que é “obscena”, “marginal” na mesma medida em que está no coração do próprio sistema político. Em Mendes o “segredo” da sociedade é exposto na sua “verdade nua”. O livro em questão também é um verdadeiro tratado de testemunho como apresentação da masculinidade. O trabalho contextualiza este testemunho na tradição (que remonta à Oresteia de Ésquilo) do testemunho como “voto no partido da masculinidade”.
Descargas
Citas
AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer. Belo Horizonte: UFMG, 2002.
SANTO AGOSTINHO. Confissões. Trad. de J. Oliveira Santos e A. Ambrósio de Pina, Petrópolis: Vozes, 1987.
ARENDT, Hannah. On Violence. San Diego, New York, London: Harcourt Brace & Company, 1970.
BENJAMIN, Walter. “O narrador: considerações sobre a obra de Nicolai Leskov”, em Magia e técnica, arte e política. Trad. de S. P. Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1985, pp. 197-221.
______. “Über den Begriff der Geschichte”, em TIEDEMANN, Rolf e SCHWEPPENHÄUSER, Hermann (org.). Gesammelte Schriften. Frankfurt: Suhrkamp, 1974, v. I.
______. “Zur Kritik der Gewalt”, em TIEDEMANN, Rolf e SCHWEPPENHÄUSER, Hermann (org.). Gesammelte Schriften. Frankfurt: Suhrkamp, 1977, v. II, pp. 179-203.
BENVENISTE, E. O vocabulário das instituições indo-européias. 2 v. Trad. de D. Bottmann, Campinas: UNICAMP, 1995
CHRETIÉN, Jean-Louis. Saint Augustin et les actes de parole. Paris: PUF, 2002.
CRU, Jean Norton. Témoins. Paris: Les Étincelles, 1929.
DERRIDA, Jacques. O animal que logo sou (a seguir). Trad. de F. Landa. São Paulo: UNESP, 2002.
______. “Circonfession”, em DERRIDA, Jacques e BENNINTON, George. Jacques Derrida. Paris: Seuil, 1999.
DULONG, Renaud. Le témoin oculaire: les conditions sociales de l’attestation personelle. Paris: Édition de l’ÉHÉSS, 1998.
DU RAP, André. Sobrevivente André du Rap (do Massacre do Carandiru). São Paulo: Labortexto Editorial, 2002.
FELMAN, Shoshana e LAUB, Dori. Testimony: Literature, Psychoanalysis, History. London: Routledge, 1991.
FREUD, Sigmund. Freud-Studienausgabe. Frankfurt: Fischer Verlag, 1970.
HUGO, Victor. Le dernier jour d’un condamné précédé de Bug-Jargal. Paris: Gallimard, 1970.
JOCENIR. Diário de um detento: o livro. 2ª ed. São Paulo: Labortexto Editorial, 2001.
LABAT, René. Manuel d’épigraphie akkadienne. Paris: Librairie Orientaliste Paul Geuthner, S. A., s.d.
Letras de Liberdade. Autores diversos. São Paulo: WB Editores Ltda., 2000.
MENDES, Luiz Alberto. Memórias de um sobrevivente. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
NEGRINI, Pedro Paulo. Enjaulado: o amargo relato de um condenado pelo sistema penal. Rio de Janeiro: Gryphus, 2002.
PRADO, Antonio Carlos. Cela forte mulher. São Paulo: Labortexto editorial, 2003.
RAMOS, Hosmany. Pavilhão 9: Paixão e morte no Carandiru. 3ª ed. São Paulo: Geração Editorial, 2002.
RODRIGUES, Humberto. Vidas do Carandiru: histórias reais. São Paulo: Geração Editorial, 2002.
ROUSSEAU, Frédéric. Le procès des témoins de la Grande Guerre: L’affaire Norton Cru. Paris: Seuil, 2003.
SELIGMANN-SILVA, Márcio. “Violência, encarceramento, (in)justiça: memórias de histórias reais das prisões paulistas”. Revista Letras, nº. 43. São Paulo: UNESP, 2003, pp. 29-47.
_________ (org.). História, Memória, Literatura: o testemunho na Era das catástrofes. Campinas: UNICAMP, 2003.
VARELLA, Drauzio. Estação Carandiru. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
WIEVIORKA, Annette. L’ére du témoin. Paris: Plon, 1998.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
a) Los (los) autores (s) conservan los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación, siendo el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons de Atribución-No Comercial 4.0, lo que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría del trabajo y publicación inicial en esta revista.
b) Los autores (a) tienen autorización para asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y reconocimiento publicación inicial en esta revista.
c) Los autores tienen permiso y se les anima a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) después del proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (ver el efecto del acceso libre).
d) Los (as) autores (as) de los trabajos aprobados autorizan la revista a, después de la publicación, ceder su contenido para reproducción en indexadores de contenido, bibliotecas virtuales y similares.
e) Los (as) autores (as) asumen que los textos sometidos a la publicación son de su creación original, responsabilizándose enteramente por su contenido en caso de eventual impugnación por parte de terceros.