A arte da engenharia de Joaquim Cardozo
DOI:
https://doi.org/10.18830/issn2238-362X.v14.n2.2024.03Palavras-chave:
Arquitetura Moderna, Concreto Armado, Oscar Niemeyer, Arte Estrutural, Joaquim CardozoResumo
Joaquim Cardozo, “o Engenheiro da Poesia,” foi um
consagrado engenheiro brasileiro que também se
destacou como poeta, escritor, topógrafo, caricaturista,
professor e teórico de arquitetura. Nascido
em Recife em 26 de agosto de 1897, sua carreira foi
marcada pelo protagonismo na arquitetura moderna
brasileira. Ainda em 1934, tornou-se um dos fundadores
da Diretoria de Arquitetura e Urbanismo de
Pernambuco (DAU), onde colaborou com Luís Nunes
e Roberto Burle Marx, desenvolvendo projetos que
se caracterizam como a gênesis do movimento modernista
na arquitetura brasileira. Cardozo foi crucial
na viabilização de diversas obras que consagraram
esse movimento, como obras do arquiteto Oscar
Niemeyer, incluindo o conjunto arquitetônico da
Pampulha e os monumentos de Brasília. Sua criatividade
técnica, inovadora e precisa revolucionaram a
engenharia estrutural no Brasil. Cardozo utilizou novas
tecnologias e métodos construtivos, adaptando
influências modernistas europeias ao contexto brasileiro,
especialmente com o concreto armado. Suas
obras refletem um equilíbrio entre funcionalidade,
estética e tecnologia, caracterizando a arquitetura
moderna com elementos como rampas de acesso,
escada helicoidais, pilotis, além de elementos icônicos
como a “cúpula invertida” do Congresso Nacional
e a Catedral de Brasília. A colaboração criativa e
técnica entre Cardozo e os arquitetos com quem trabalhou
resultou em projetos que se tornaram marcos
da arquitetura brasileira moderna.
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