A ESTÉTICA DA DESIGUALDADE
DOI:
https://doi.org/10.18830/issn2238-362X.v10.n2.2020.05Palavras-chave:
Estética; Desigualdade; Intervenção; Percepção; Fruição.Resumo
O presente artigo aborda como a estética pode refletir a condição não apenas física do local, mas proporcionam rebatimentos nos modos de apropriação deste, no que tange ao reconhecimento e pertencimento. A estética dos espaços edificados acaba por reproduzir as desigualdades socioeconômicas dos seus usuários. As diretrizes para intervenções devem priorizar não apenas melhorias no aspecto físico, no que tange ao embelezamento, mas atuar no sentido de atenuar as discrepâncias das paisagens, inserindo a cidade informal no contexto urbano em sua aparência e permeabilidade e consequentemente, as pessoas que fazem parte daquele espaço. A rua, entendida como prolongamento da habitação, deve favorecer o contato interpessoal e a melhoria desta, ainda que não tenha como finalidade precípua a estética, tem nela o aparato mínimo para produzir condições de vitalidade. É curioso perceber como, mesmo na cidade informal, há um padrão de autoconstruções que de maneira não normativa direciona a produção da estética da paisagem. Nesse sentido os resultados, conduzem à comprovação de que a estética que rebate a desigualdade e pode ser atenuada por intervenções urbanas, de maneira a deixar a cidade mais harmônica e igualitária, não é apenas uma questão de superfícies.
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