ESTUDO SOBRE A COBERTURA VEGETAL DO PARQUE RECREATIVO SUCUPIRA, PLANALTINA (DF)
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562014e40022Palabras clave:
unidade de conservação, Cerrado, sensoriamento remoto, zoneamentoResumen
O objetivo desse trabalho foi estudar a cobertura vegetal do Parque Recreativo Sucupira (PRS), Planaltina (DF) e de sua Zona de Infl uência Direta (ZID) entre os anos de 1996 e 2013, utilizando a abordagem multisensor e multitemporal. O PRS possui uma área de 124,44 hectares, estando localizado dentro da Região Administrativa VI de Planaltina. Os limites desse parque foram disponibilizados pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e sua ZID foi gerada a partir de raio de 500 metros ao redor desse limite. A primeira etapa foi a geração do mapa de cobertura da terra referente ao ano de 2013, gerado em função no mosaico de fotografi a aéreas, fornecido pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), utilizados para a vetorização digital em tela. A imagem de 2009, também foi um outro mosaico aerofotográfi co. Para os anos de 1996, 1999, 2003 e 2007 foram utilizadas imagens do sensor Landsat 5-TM, registradas em função dos mosaicos de fotografi a aéreas. Foi empregado um sistema de classifi cação híbrido em 3 níveis categóricos, adaptado de diferentes fontes para as características do Cerrado. Os resultados indicaram que a área interna do PRS apresentou cerca de 50 % de sua área por cobertura vegetal plantada em 2013, dominada por pastagem, abrangendo 35,33%, com um crescimento de 17,58 % dessa em 17 anos, o que corresponde a uma taxa de 1,03 ha/ano. Sua ZID possuiu uma área de 337,16 hectares, dos quais cerca de 42 % estavam cobertos por áreas construídas em 2013. Na ZID o loteamento e a pastagem apresentaram as maiores variações ao longo do período estudado, com incremento de 17,36 % e 6,03 %, respectivamente. Em ambas as áreas (PRS e ZID) foram observadas reduções da vegetação perturbada, fato que não indica necessariamente a ampliação da conservação, mas a ocupação por outros usos antrópicos. Constatou-se que essa ocupação humana tem início com a retirada das árvores, seguida pela supressão da vegetação remanescente, tendo posterior demarcação de lotes. Essa abordagem favoreceu a compreensão da dinâmica da ocupação antrópica no Distrito Federal, podendo servir para o entendimento em relação ao Cerrado, servindo como subsídio para o ordenamento territorial, tanto para atividades agropastoris, quanto para áreas urbanas.
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