Towards an ecologically informed methodology for the study of language

Autores/as

  • Mark Garner University of Roehampton

Resumen

Discussões sobre uma abordagem ecológica da linguagem na literatura acadêmica são amplamente conceituais: elas estão preocupadas com o desenvolvimento de uma estrutura teórica abrangente. Pouca atenção tem sido dada até agora às implicações de uma perspectiva ecológica na metodologia linguística. Esse é o foco deste artigo, que delineia amplamente as características de uma metodologia de base ecológica (MBE), com o objetivo de estimular o trabalho sistemático de campo. Um método analítico apropriado é essencial para que a linguística se torne uma disciplina científica genuinamente ecológica. A metodologia necessitará de uma recontextualização radical dos métodos linguísticos tradicionais. Desde o trabalho seminal de Saussure, a disciplina procedeu em grande parte definindo estritamente o objeto de estudo como uma entidade independente, removendo todos os fatores não linguísticos “estranhos”. A linguagem é dividida em suas menores partes constituintes e as regras para combiná-las são descritas. Essa abordagem metodológica não é inerentemente falha, mas as análises e descobertas extraídas são tipicamente tão restritas conceitualmente que são fundamentalmente enganosas. Por outro lado, uma MBE abordará a linguagem como um todo complexo, indissociável de seu uso na comunicação e do contexto em que ocorre. Dentro de uma estrutura ecológica, a linguagem faz parte do complexo da socialidade humana: é um processo comunicativo dinâmico, indivisível do ambiente físico, pessoal e cultural mais amplo em que está sendo usada. Falar e ouvir, escrever e ler não são atividades de indivíduos isolados, mas processos que se definem mutuamente. Essa abordagem é fundamental para várias formas de análise do discurso – conversação, narrativa e análise pragmática, para citar algumas – que se desenvolveram nas últimas décadas. Essas abordagens de análise têm muito a contribuir para o desenvolvimento de uma MBE. Qualquer que seja a forma sistemática que eventualmente assuma, a análise de base ecológica incluirá a seleção de algumas das vastas informações relevantes para cada instância da linguagem em uso, explicando as razões para essa seleção específica e indicando os principais elementos que foram omitidos da análise. O artigo não procura apresentar os detalhes de uma MBE, mas ajudar a estabelecer um contexto dentro do qual eles possam ser firmemente estabelecidos no futuro.

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Biografía del autor/a

Mark Garner, University of Roehampton

Tem uma vasta experiência docente e em pesquisas sobre ensino de línguas. Publicou diversos artigos em muitas revistas internacionais, além de organizar diversos livros na área de linguística aplicada. É coautor do primeiro livro sobre os impactos de testes em línguas nacionais, Testing Nation: The College English Test in China (Peter Lang, 2013). Dirige a série Linguística Aplicada da editora Peter Lang. Na área da ecolinguística, publicou, além de artigos, o livro Language: An ecological view (Peter Lang, 2004), no qual defende o uso de conceitos ecológicos nos estudos da linguagem não como meras metáforas, além de ter tocado na questão da metodologia. É diretor do Whitelands College da University of Roehampton. Atualmente é diretor do Centre for Language Assessment Research (CLARe) da University of Roehampton.

Publicado

2022-07-22

Cómo citar

Garner, M. (2022). Towards an ecologically informed methodology for the study of language. Ecolinguística: Revista Brasileira De Ecologia E Linguagem (ECO-REBEL), 8(2), 23–35. Recuperado a partir de https://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/44291

Número

Sección

Artigos