Ecologia da língua como teoria linguística

Autores

  • Mark Garner University of Roehampton

Palavras-chave:

ecologia da língua, comportamento sistematizado, holístico, dinâmico,interativo.

Resumo

A ecologia da língua foi proposta por Einar Haugen em 1972 como o estudo da interação de qualquer língua a seu meio ambiente. A despeito de alguns usos do termo na literatura, os sociolinguistas não terem sido capazes de desenvolver todo o potencial que Haugen vira em uma abordagem ecológica. No entanto, desenvolvimentos recentes no pensamento ecológico aplicado à língua levanta questões sobre diversos pressupostos da linguística convencional. Por exemplo, de uma perspectiva ecológica, a língua não é um sistema governado por regras, mas uma forma de comportamento sistematizado que emerge da socialidade humana: comunicação, cultura e comunidade. Como previsto por Haugen, a ecologia da língua oferece uma abordagem alternativa empolgante à teoria linguística.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mark Garner, University of Roehampton

Tem uma vasta experiência docente e em pesquisas sobre ensino de línguas. Publicou diversos artigos em muitas revistas internacionais, além de organizar diversos livros na área de linguística aplicada. É coautor do primeiro livro sobre os impactos de testes em línguas nacionais, Testing Nation: The College English Test in China (Peter Lang, 2013). Dirige a série Linguística Aplicada da editora Peter Lang. Na área da ecolinguística, publicou, além de artigos, o livro Language: An ecological view (Peter Lang, 2004), no qual defende o uso de conceitos ecológicos nos estudos da linguagem não como meras metáforas, além de ter tocado na questão da metodologia. É diretor do Whitelands College da University of Roehampton. Atualmente é diretor do Centre for Language Assessment Research (CLARe) da University of Roehampton.

Referências

BARRON, C.; BRUCE, N., ; NUNN, D. ‘Introduction’ a Knowledge and Discourse: Towards

an Ecology of Language. Harlow: Pearson Education, 2000, p. 1-12.

CRYSTAL, D. Linguistics. Harmondworth: Penguin, 1990.

DUPRÉ, J. The Disorder of Things: Metaphysical Foundations of the Disunity of Science. Cambridge, Mass: Harvard University Press, 1995.

GARNER, M. The Swedish and Russian Speech Communities in Melbourne in the Context of Developing a Theory of the Ecology of Language. Tese de doutorado, Universidade de Melbourne, 1986.

____. Ethnic languages in two small communities: Swedish and Russian in Melbourne. International Journal of the Sociology of Language 72, 1988, p. 37-50.

____. Language: An Ecological View. Oxford: Peter Lang, 2004.

GIDDENS, A. The Constitution of Society. Cambridge: Polity Press, 1984.

HAARMANN, H. Language in Ethnicity: A View of Basic Ecological Relations. Berlin: Mouton de Gruyter, 1986.

HALLIDAY, M. Language as Social Semiotic. New York: Chapman and Hall, 1994.

HAUGEN, E. The Ecology of Language. In: DIL, A. S. (ed) The Ecology of Language: Essays by Einar Haugen, Stanford: Stanford University Press, 1972.

HAYWARD, T. Ecological Thought: An Introduction. Cambridge: Polity Press, 1995.

KÖVECSES, Z. Metaphor: A Practical Introduction. New York: Oxford University Press, 2002.

LADYMAN, J. Understanding the Philosophy of Science London: Routledge, 2002.

MACKEY, W. The Ecology of Language Shift. In: The Ecolinguistics Reader, (edited by FILL, A. ;MÜHLHÄUSLER, P. ). London: Continuum, 2001, p. 67-74.

MÜHLHÄUSLER, P. Linguistic Ecology. Linguistic Change and Language Imperialism in the Pacific Region. London: Routledge, 1996.

NELDE, P. Ecological aspects of language contact or how to investigate linguistic minorities. Journal of Multilingual and Multicultural Development 10/1, 1989, p. 73-86.

ORTEGA Y GASSET, J. Man and People. New York: Norton, 1963.

SAPIR, E. Selected Writings of Edward Sapir. (ed. D. Mandelbaum) Berkeley: University of California Press, 1949.

SAUSSURE, F. Course in General Linguistics (trans. Wade Baskin) London: Peter Owen, 1916.

WHORF, B. Language, Thought and Reality: Selected Writings of Benjamin Lee Whorf (edited by CARROLL, J.) Cambridge, Mass: Technology Press of MIT, 1956.

WIJAYANTO, A. An Ecolinguistic Perspective on the Languages Used by a Javanese in

Banjarmasin-South Kalimantan (a case study). Kajian Linguistik dan Sastra 15/ 29, 2005, p. 80-92.

Kajian Linguistik dan Sastra, Vol. 17, No. 33, 2005: 91 - 101.

http://pt.scribd.com/doc/27175229/Garner-Mark-2005-Language-Ecology-as-Linguistic-Theory (20/04/2011).

Downloads

Publicado

2015-10-11

Como Citar

Garner, M. (2015). Ecologia da língua como teoria linguística. Ecolinguística: Revista Brasileira De Ecologia E Linguagem (ECO-REBEL), 1(2), 65–78. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/10064

Edição

Seção

Artigos