Sobre o papel da linguagem nos sistemas ecológicos antropogênicos

Autores

  • Wilhelm Trampe Universidade de Osnabrück

Palavras-chave:

Ecossistemas naturais, sistema língua-mundo, ecossistemas linguísticos.

Resumo

Dando continuidade a ideias seminais de Peter Finke, o artigo defende o uso do conceito de ecossistema, chegando a falar em “linguística ecossistêmica”. Nessa perspectiva, tanto nos ecossistemas biológicos quanto nos humanos existem também processos de informação e comunicação, pois também eles são ecológicos. A visão ecossistêmica exige que se encare o objeto de estudo de forma holística, uma vez que tudo está relacionado. O texto caracteriza o ecossistema, inserindo a língua num sistema língua-mundo. As principais características desses ecossistemas são abertura, reciprocidade, complexidade, hierarquização, dinâmica, estabilidade, produtividade e diversidade. Mas, a linguagem é um sistema antropogênico, o que não impede que esteja inserida em um ecossistema, no caso, ecossistema linguístico. Este é a unidade básica dos estudos linguísticos. A organização vai do som, passando pelo fonema até chegar à esfera das línguas. A linguística ecossistêmica é uma nova maneira de se fazer linguística, tornada possível com o advento da ecologia. Um efeito colateral dessa perspectiva é uma conscientização de que somos produtos e afetados pela natureza, mas intervimos nela também.

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Biografia do Autor

Wilhelm Trampe, Universidade de Osnabrück

Estudou ciências econômicas, germanística e pedagogia. Sua tese de doutorado, orientada por Peter Finke em Bielefeld (defendida em 1988), foi publicada em 1990 como Ökologische Linguistik: Grundlagen einer ökologischen Wissenschafts- und Sprachtheorie [Linguística ecológica: Fundamentos de uma teoria ecológica da ciência e da linguagem], sendo um dos primeiros individuais dedicados à teoria ecolinguística. Tem contribuído em quase todas as coletâneas ecolinguísticas. Suas áreas de interesse abrangem ecologia da informação, da comunicação e da  linguagem (ecolinguística) e semiótica ecológica. É professor de linguística na universidade de Osnabrück.

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Publicado

2016-02-17

Como Citar

Trampe, W. (2016). Sobre o papel da linguagem nos sistemas ecológicos antropogênicos. Ecolinguística: Revista Brasileira De Ecologia E Linguagem (ECO-REBEL), 2(1), 39–56. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/9897

Edição

v. 2 n. 1 (2016)

Seção

Artigos

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