Os reflexos da mercantilização do ensino na formação identitária do professor
DOI:
https://doi.org/10.26512/discursos.v2i1.0/8290Keywords:
Mercantilização. Educação. Professor. Identidade. Tecnologização.Abstract
Este artigo pretende discutir as consequências trazidas pelas mudanças no discurso para a formação de identidades dos profissionais da educação superior brasileira. As transformações no discurso e as práticas discursivas provocaram alterações profundas na educação. A tecnologização que nos cerca no dia a dia invade cada discurso, incluindo as instituições da educação superior, em particular, as do ensino superior privado. Para começar a entender essas mudanças no discurso, é pertinente iniciar com algumas considerações sobre o lugar dos professores e de sua identidade, reflexo das novas práticas discursivas presentes no discurso da educação superior no Brasil. Concluímos que as novas práticas discursivas, inclusive as publicitárias, revelam a venda de cursos, cujo propósito principal é o de ser um produto barato, de rápido consumo e de fácil circulação, afetando a identidade do professor, que também se transforma em produto.
Downloads
References
ALCADIPANI, R; BRESLER R. Mcdonaldização do ensino: universidades e escolas adotam o modelo da fast-imbecilização. Carta Capital.10 maio 2000. PDF.
BAUDRILLARD, J. Simulations. NY: Semiotext(e), 1983.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2002.
FAIRCLOUGH, N. Technologisation of discourse. In: CALDAS-COULTHARD, C.R.; COULTHARD, M. (Eds.). Texts and practices: readings in critical discourse analysis. London: Routledge, 1996.
FAIRCLOUGH, N. Discurso e mudança social. MAGALHÃES, I. (Coord., trad. téc. e prefácio do orig. inglês Discourse and social change, 1992). Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001a.
FAIRCLOUGH, N. A análise crítica do discurso e a mercantilização do discurso público: as universidades. In: MAGALHÃES, C. M. Reflexões sobre a análise crítica do discurso. (org.). Belo Horizonte: FALE-UFMG, 2001b.
FAIRCLOUGH, N. Analysing discourse: the critical study of language. 2. ed. UK: Pearson Education, 2010.
FAIRCLOUGH, N. Critical discourse analysis in trans-disciplinary research on social change: transition, re-scaling, poverty and social inclusion. Disponível em:. Acesso em: 27 ago. 2013.
FEATHERSTONE, M. Cultura de consumo e pós-modernismo. SIMÕES, J. A. (trad.). São Paulo: Nobel S.A.,1990/1995.
FELITZEN, C. von. A criança e a mídia: imagem, educação, participação. CARLSSON, U; FELITZEN, C. von. (org.) Cortez Editora: São Paulo, 1999.
FOUCAULT, M. A ordem do discurso. Paris: Gallimard, 1971.
GIDDENS, A. The consequences of modernity. London: Polity Press, 1990.
GIDDENS, A. Sociology. London: Polity Press, 2002.
HALLIDAY, M. A. K. Language as social semiotic. UK: Edward Arnold, 1986.
ICESP. Cursos de graduação. Disponível em: <http://www.faculdadepromove.br/brasilia/graduacao>. Acesso em: 27 ago. 2013.
IESB. Infraestrutura completa. Disponível em: <http://www.iesb.br/vestibular/sobre>. Acesso em: 27 ago. 2013.
KUMAR K. J.O cenário da mídia na Ãndia. In: VON FEILITZEN, C.; CARLSSON, U. A criança e a mídia: imagem, educação e participação. São Paulo: Cortez Editora, 2002.
LYOTARD, J. F. O pós-moderno: the postmodern condition. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986.
MACEDO, D. As contribuições da análise de discurso crítica e da multimodalidade à revisão textual. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade de Brasília. 2013.
MACEDO,G; PERFEITO,G; SILVEIRA,T. CAMPUS, n. 268, primeira quinzena de agosto, 2002.
MCT. Ministério da Ciência e Tecnologia. Sociedade da informação no Brasil: livro verde. TAKAHASHI, T (org.). Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia, 2000.
NIETZSCHE, F. Escritos sobre educação. SOBRINHO, N. C. de M. (trad.). Rio de Janeiro: PUC/RJ; São Paulo: Loyola, 2003.
RAJAGOPALAN, K. Teorizando a resistência. In: GARCIA, D. H da S.; VIEIRA, J. A. Análise do discurso percursos teóricos e metodológicos. Brasília: Oficina Editorial Instituto de Letras e Editora Plano, 2002.
THOMPSON, J. B. A mídia e a modernidade uma teoria social da mídia. Petrópolis: Editora Vozes, 2002.
UNB. Estude na UnB. Disponível em: <http://www.unb.br/estude_na_unb>. Acesso em: 27 ago. 2013.
UNICEUB. Campanha vestibular 2013 para o UniCEUB. Disponível em: <http://cargocollective.com/gusthavocoelho/UNICEUB>. Acesso em: 4 ago. 2013.
UNO. Nuestros aliados. Disponível em: <http://www.uno-internacional.com/web/index.html>. Acesso em: 27 ago. 2013.
VIEIRA, J. A. O discurso mercantilista do ensino brasileiro. In: VIEIRA, J. A. et al. (Org.). Olhares em análise de discurso crítica. 2009. Disponível em: <http://www.cepadic.com/CEPADIC_publicacoes.html. pdf>. Acesso em: 4 ago. 2013.
VON FEILITZEN, C.; CARLSSON, U. A criança e a mídia: imagem, educação e participação. São Paulo: Cortez Editora, 2002.
WOODWARD, K. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, T. T. da (org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000.
Downloads
How to Cite
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os(as) autores(as) mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
b) Os(as) autores(as) têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d) Os(as) autores(as) dos trabalhos aprovados autorizam a revista a, após a publicação, ceder seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.
e) Os(as) autores(as) assumem que os textos submetidos à publicação são de sua criação original, responsabilizando-se inteiramente por seu conteúdo em caso de eventual impugnação por parte de terceiros.