Tradução como ato de liberdade

Filosofia da tradução em Vilém Flusser

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/caleidoscopio.v5i1.37287

Palavras-chave:

Filosofia da tradução, Autotradução, Abismo, Crise da escrita, Vilém Flusser

Resumo

O agir flusseriano concebido a partir do não-fundamento (bodenlos) expressa os resquícios e o que, por fim, de Auschwitz ensejou-se no domínio da escrita e da existência. O ensaio a seguir visa mostrar o que, precisamente, o filósofo toma como condição da nova cognição em seu exílio no Brasil, neste contexto mundial de crise da escrita. De outra maneira, o exercício de liberdade para com o abismo produzido naquele colapso alemão está no ato tradutório, fruto da necessidade da articulação das novas línguas, pelo que um tensionamento quase cosmológico – sem ser teológico – surge da prática linguística de escape do tempo linear com o “modo de intenção” tomado (Benjamin) na direção da eternidade, ou do que mais se aproxima da linguagem geral.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Benjamin, Walter. “Die Aufgabe des Übersetzers” In: Benjamin, Walter. Gesammelte Schriften Vol. IV/1. Frankfurt am Main: Suhrkamp, [1923] 1972: 09-21.

Bolle, Willi. Physiognomik der modernen Metropole. Geschichtsdarstellung bei Walter Benjamin. Wien: Böhlau, 1994.

Camus, Albert. Der Mythos des Sisyphos. Hamburg: Rowohlt Verlag, [1942] 2013.

Flusser, Vilém. “Wirklichkeit der Sprache?” (manuscrito não publicado), xxxa.

Flusser, Vilém. “Eine Sprachpraxis” (manuscrito não publicado), xxxb.

Flusser, Vilém. “Writing” (manuscrito não publicado), xxxc.

Flusser, Vilém. “Is there a future to writing?” (manuscrito não publicado), xxxd.

Flusser, Vilém. “The Gesture of writing” (manuscrito não publicado), xxxe.

Flusser, Vilém. Das Zwanzigste Jahrhundert (manuscrito não publicado), 1957.

Flusser, Vilém. “Da língua portuguesa” In: Revista Brasileira de Filosofia (Salvador), 1960.

Flusser, Vilém. “Ensaio para um estudo do significado ontológico da língua” In: Revista Brasileira de Filosofia (Salvador), 1962a.

Flusser, Vilém. “Língua única” In: O Estado de São Paulo (São Paulo), 1962b.

Flusser, Vilém. “A tradução como conhecimento” (manuscrito não publicado), 1963a.

Flusser, Vilém. Língua e realidade. São Paulo: Herder, 1963b.

Flusser, Vilém. “Falar e escrever” In: Jornal do Comércio (Rio de Janeiro), 1966.

Flusser, Vilém. “Für eine Feldtheorie der Übersetzung. (Von Brasilien aus gesehen)”, In: Höllerer, Walter (Org.). Sprache im technischen Zeitalter. Stuttgart: W. Kohlhammer Verlag, 1967: 347-355.

Flusser, Vilém. “Para uma teoria da tradução” In: Revista Brasileira de Filosofia (Salvador), 1969a.

Flusser, Vilém. “Em busca de significado” In: Ladusans, Stanislaus (Org.). Rumos da filosofia atual no Brasil. São Paulo: Loyola, [1969b] 1976: 493-506.

Flusser, Vilém. “Die Geste des Schreibens” (manuscrito não publicado), 1981.

Flusser, Vilém. Die Schrift. Hat Schreiben Zukunft? Göttingen: European Photography, 1987.

Flusser, Vilém. Bodenlos. Bensheim: Bollmann, 1992.

Flusser, Vilém. “Schach” In: Dinge und Undinge. München: Carl Hanser Verlag, 1993: 53-63.

Flusser, Vilém. “Exil und Kreativität” In: Von der Freiheit des Migranten. Bensheim: Bollmann, 1994a: 103-109.

Flusser, Vilém. Gesten: Versuch einer Phänomenologie. Frankfurt am Main: Fischer Taschenbuch, 1994b.

Flusser, Vilém. A história do diabo. São Paulo: Annablume, 2008.

Flusser, Vilém. Kommunikologie weiter denken. Die Bochumer Vorlesungen. Frankfurt am Main: Fischer, 2009.

Flusser, Vilém. A dúvida. São Paulo: Annablume, 2011.

Flusser, Vilém. Groundless. Metaflux Publishing, 2017.

Guldin, Rainer. “Translation, Self-Translation, Retranslation. Exploring Vilém Flusser’s Multilingual Writing Practice” In: Guldin, Rainer (Org.). Das Spiel mit der Übersetzung. Figuren der Mehrsprachigkeit im Werk Vilém Flussers. Tübingen e Basel: A. Francke Verlag, 2004: 99-118.

Guldin, Rainer. “Translating philosophy: Vilém Flusser’s practice of multiple self-translation”, In: Cordingley, Anthony (Org.). Self-Translation: Brokering Originality in Hybrid Culture. London, New Delhi, New York, Sydney: Bloomsbury Academic, 2013: 95-109.

Heidegger, Martin. Sein und Zeit. Tübingen: Max Niemeyer, [1927] 2006.

Jünger, Ernst. Geheimnisse der Sprache. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, [1934] 1963.

Jünger, Ernst. Das Abenteuerliche Herz. Erste Fassung. Stuttgart: Klett-Cotta, [1929] 2013.

Sampaio Ferraz Jr., Tercio. “Interpretação jurídica: interpretação que comunica ou comunicação que se interpreta?” In: Haret, Florence; Carneiro, Jerson (Orgs.). Vilém Flusser e Juristas, São Paulo: Noeses, 2009: 15-49.

Whitehead, Alfred North. Process and reality: an essay in cosmology, Cambridge: Cambridge University Press, 1929.

Zepf, Irmgard. “Vilém Flusser lesen und verstehen. Unterschiedliche Zugänge zu seinem Werk” In: Guldin, Rainer (Org.). Das Spiel mit der Übersetzung. Figuren der Mehrsprachigkeit im Werk Vilém Flussers. Tübingen e Basel: A. Francke Verlag, 2004: 47-74.

Downloads

Publicado

2021-11-26

Como Citar

Oliveira, S. R. (2021). Tradução como ato de liberdade: Filosofia da tradução em Vilém Flusser. caleidoscópio: Literatura E tradução, 5(1). https://doi.org/10.26512/caleidoscopio.v5i1.37287