Tradução como ato de liberdade
Filosofia da tradução em Vilém Flusser
DOI:
https://doi.org/10.26512/caleidoscopio.v5i1.37287Palavras-chave:
Filosofia da tradução, Autotradução, Abismo, Crise da escrita, Vilém FlusserResumo
O agir flusseriano concebido a partir do não-fundamento (bodenlos) expressa os resquícios e o que, por fim, de Auschwitz ensejou-se no domínio da escrita e da existência. O ensaio a seguir visa mostrar o que, precisamente, o filósofo toma como condição da nova cognição em seu exílio no Brasil, neste contexto mundial de crise da escrita. De outra maneira, o exercício de liberdade para com o abismo produzido naquele colapso alemão está no ato tradutório, fruto da necessidade da articulação das novas línguas, pelo que um tensionamento quase cosmológico – sem ser teológico – surge da prática linguística de escape do tempo linear com o “modo de intenção” tomado (Benjamin) na direção da eternidade, ou do que mais se aproxima da linguagem geral.
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