Políticas da natureza

Autores

  • Letícia Cesarino

Palavras-chave:

Antropologia

Resumo

Se fôssemos situar, em poucas palavras, o Políticas da natureza {PN) dentro da obra de Bruno Latour, diríamos que ele é como que um “segundo volume” ao Jamais fomos modernos (1991).1 No livro que o tornou amplamente conhecido (já traduzido em dezessete línguas), Latour havia desenvolvido sua tese seminal de que os modernos, nunca tendo de fato operado a partilha natureza/cultura (“mãe” de todos os demais “grandes divisores”),2jamais o foram realmente. Isso porque a “antiga Constituição”, a “Constituição moderna”, tratava de obscurecer a contradição entre o “trabalho oficial da purificação e o trabalho oficioso da mediação” (: 181). Mas, de algumas décadas para cá - e é daqui que parte Latour no Políticas da natureza (1999b) -, isso não é mais possível.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BECK, Ulrich. 1986. Riskogessellchaft. Francfort-sur-le-Main: Suhrkamp.
______ . 2001. La société du risque. Sur la voie d'une autre Modernité. Paris: Flammarion.
CAILLÉ, Alain. 2001. Une politique de la nature sans politique. Revue du MAUSS, n. 17, Paris: La Découverte/M.A.U.S.S.
LATOUR, Bruno; WOOLGAR, Steve. 1986. Laboratory life. The construction of scientific facts. Princeton: University Press. [1997]. Vida de laboratório. A produção dos fatos Científicos. Rio de Janeiro: Relume-Dumará.
______ . 1989. La science en action. Paris: La Découverte. [2000], Ciência em ação, São Paulo: Unesp.
______ . 1991. Nous n'avons jamais étés modernes. Essai d ’Anthropologie simétrique. Paris: La Découverte. [1994. Jamais fomos modernos. Rio de Janeiro: Ed. 34].
______ . 1992. Aramis, ou l ’amour des techniques. Paris: La Découverte. Tradução em português a sair pela Edusc.
______ . 1996. Petite refléxion sur le culte moderne des dieux fa (i)tiches. Paris: Les empêcheurs de penser en rond. [2002. Pequena reflexão sobre o culto moderno dos deuses fe(i)tiches. Bauru: Edusc.]
______ . 1999a. Pandora s hope. Essays on the reality of science studies. Cambridge (Mass.): Harvard University Press. [2001. A esperança de Pandora. Bauru: Edusc.]
______ . 1999b. Politiques de la nature. Comment faire entrer las sciences en démocratie. Paris: La Découverte. [2004. Políticas da natureza, Bauru: Edusc.]
______ . 2001a. Gabriel Tarde and the end of the social. In: JOYCE, Patrick. (Ed.). The social in question. New bearings in history and the social sciences. Londres: Routledge, p. 117-132.
______ . 2001b. Réponse aux objections. Revue du MAUSS, n. 17. Paris: La Découverte/ M.A.U.S.S.
______ . 2002. Et si l’on parlait un peu politique? Politix, v. 15, n. 58, p. 143-166.
______ . 2004. La fabrique du droit. Paris: La Découverte.
SERRES, Michel. 1990. Le contrat naturel. Paris: François Bourin.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 2002. Perspectivismo e multinaturalismo na América indígena. A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac & Naify.

Downloads

Publicado

2018-02-20

Como Citar

Cesarino, Letícia. 2018. “Políticas Da Natureza”. Anuário Antropológico 30 (1):171-86. https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6923.

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.