As comunidades negras rurais nas ciências sociais no Brasil
de Nina Rodrigues à era dos programas de pós-graduação em antropologia
Palabras clave:
comunidades negras rurais, ciências sociais, relações raciais, PPGAsResumen
Proponho, neste artigo, traçar uma breve análise dos estudos sobre relações raciais, nas ciências sociais no Brasil, com o intuito de demonstrar que o foco dos estudos sociológicos e antropológicos sobre o negro estava delimitado predominantemente em contextos urbanos até a década de 1960. As comunidades negras rurais, vistas como “desagregadas culturalmente”, foram colocadas à margem desses estudos no período citado. Esse quadro só começou a ser modificado com a criação dos programas de pós-graduação em antropologia, os quais investigaram múltiplos temas que, aos poucos, deram visibilidade à s comunidades negras rurais.
Descargas
Citas
AGUIRRE BELTRÁN, Gonzalo. 1967. Regiones de refugio: el desarrollo de la comunidad en Mestizo-América. México: Instituto Indigenista Interamericano.
AZEREDO, Paulo R. 1986. Antropólogos e pioneiros: a história da Sociedade Brasileira de Antropologia e Etnologia. São Paulo: FFLCH/USP.
AZEVEDO, Thales de. 1966. Cultura e situação racial no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
______.1996. As elites de cor numa cidade brasileira: um estudo de ascensão social & classes sociais e grupos de prestígio. 2. ed. Salvador: EDUFBA/EGBA.
BANDEIRA, Maria de Lourdes. 1988. Território negro em espaço branco: estudos antropológicos de Vila Bela. São Paulo: Brasiliense; CNPq.
BARBOSA, Muryatan S. 2002. A escola Nina Rodrigues na antropologia brasileira. São Paulo: Editora da USP.
BASTIDE, Roger & FERNANDES, Florestan. 1959. Brancos e negros em São Paulo: ensaio sociológico sobre aspectos da formação, manifestações atuais e efeitos do preconceito de cor na sociedade paulistana. 2. ed. São Paulo: Nacional.
BORGES PEREIRA, João B. 1967. Cor, profissão e mobilidade: o negro e o rádio de São Paulo. São Paulo: Pioneira.
______. 1983. Prefacio. In: Renato da Silva Queiroz. Os caipiras negros no Vale do Ribeira: um estudo de antropologia econômica. São Paulo: FFCH/USP, pp. 9-13.
BRANDÃO, Carlos R. 1977. Peões, pretos e congos: trabalho e identidade étnica em Goiás. Goiânia: Editora da Universidade de Brasília.
CARDOSO, Fernando H. & IANNI, Octávio. 1960. Cor e mobilidade social em Florianópolis: aspectos das relações entre negros e brancos numa comunidade do Brasil meridional. São Paulo: Nacional.
CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. 1988. Sobre o pensamento antropológico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro; Brasília: CNPq.
CARNEIRO, Antônio J. S. 1937. Os mitos africanos no Brasil. São Paulo: Nacional. (Biblioteca Pedagógica Brasileira, série 5. Brasiliana, v. 103).
COELHO, Ruy. 1955. The Black Carib of Honduras, a Study in Acculturation. Ph. D. thesis, Northwestern University.
CORRÊA, Mariza. 1998. As ilusões da liberdade: a escola de Nina Rodrigues e a antropologia no Brasil. 2. ed. Bragança Paulista: Editora da Universidade São Francisco. (Coleção Estudos CDAPH. Série Memória).
______. 1997. “Dona Heloisa e a pesquisa de campo”. Revista de Antropologia, 40(1): pp. 11-54.
COSTA EDUARDO, Octavio da. 1948. The Negro in Northern Brazil, a Study in Acculturation. New York: J. J. Augustin. (Monographs of the American Ethnological Society, 15).
COSTA PINTO, Luiz de A. 1953. O negro no Rio de Janeiro: relações de raças numa sociedade em mudança. São Paulo: Nacional.
DURHAM, Eunice R. 1973. A caminho da cidade: a vida rural e a migração para São Paulo. São Paulo: Perspectiva. FERNANDES, Florestan. 1965. A integração do negro na sociedade de classes. São Paulo: Dominus; USP. 2 v.
FREYRE, Gilberto. 1994. Casa-grande & senzala. 29. ed. Rio de Janeiro: Record. Publicado originalmente em 1933.
FRIEDEMANN, Nina S. de. 1984. “Estudios de negros en la antropologia colombiana”. In: Jaime Arocha et al. Un siglo de investigación social: antropología en Colombia. Bogotá: ETNO.
GARCIA JR., Afrânio. 2004. “A dependência da política: Fernando Henrique Cardoso e a sociologia no Brasil”. Tempo Social, 16(1): pp. 285-300.
GUIMARÃES, Antonio S. A. 2004. O Projeto Unesco na Bahia. Comunicação ao Colóquio Internacional “O projeto Unesco no Brasil: uma volta crítica ao campo 50 anos depois”. Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia, 12”“14 jul. 2004.
______. 1999. “Preconceito de marca: as relações raciais em Itapetininga”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 14(41): pp. 169-171.
GUSMÃO, Neusa M. M. de. 1992. “Negro e camponês: política e identidade no meio rural brasileiro”. São Paulo em Perspectiva, 6(3): pp. 116-122.
HOBSBAWN, Eric; RANGER, Terence (Orgs.). 2008. A invenção das tradições. 6ª edição. São Paulo: Paz e Terra.
IANNI, Octavio. 2004a. Florestan Fernandes: sociologia crítica e militante. São Paulo: Expressão Popular.
______. 2004b. “Octavio Ianni: o preconceito racial no Brasil”. Estudos Avançados, 18(50): pp. 6-20.
LANDES, Ruth. 1967. A cidade das mulheres. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
______. 1947. The City of Women. New York: UNM Press.
LARAIA, Roque de Barros. 1997. “Oliveira Viana: 75 anos de evolução do povo brasileiro”. Pós ”“ Revista Brasiliense de Pós-Graduação em Ciências Sociais. Brasília: Paralelo 15.
______. 1986. “Relações entre negros e brancos no Brasil”. In: Cerqueira, Eli Diniz et al. O que se deve ler em ciências sociais no Brasil. São Paulo: Cortez; ANPOCS, pp. 159-173.
MAIO, Marcos Chor. 1999. “O Projeto Unesco e a agenda das ciências sociais no Brasil dos anos 40 e 50”. RBCS, 14(41): pp. 141-158.
MELATTI, Julio Cezar. 1983. A antropologia no Brasil: um roteiro. Brasília: Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília. (Série Antropologia).
MENDOZA, Edgar S. G. 2005. “Donald Pierson e a escola sociológica de Chicago no Brasil: os estudos urbanos na cidade de São Paulo (1935-1950)”. Sociologias, (14), pp. 440-470.
MORIN, Edgar. 1990. Introdução ao pensamento complexo. 2. ed. Lisboa: Instituto Piaget.
NINA RODRIGUES, Raimundo. 1939. As coletividades anormais. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
______. 1935. O animismo fetichista dos negros baianos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
______. 1932. Os africanos no Brasil. São Paulo: Nacional.
NOGUEIRA, Oracy. 1955. “Relações raciais no município de Itapetininga”. In: Roger Bastide & Florestan Fernandes. (Org.). Relações raciais entre negros e brancos em São Paulo: ensaio sociológico sobre as Origens, as Manifestações e os Efeitos do preconceito de cor no município de são Paulo. São Paulo: Unesco-Anhembi, pp. 362-554.
OLIVEIRA VIANA, Francisco J. de. 1923. Evolução do povo brasileiro. São Paulo: Nacional.
______. 1932. Raça e assimilação. São Paulo: Nacional. (Biblioteca Pedagógica Brasileira, série V; Brasiliana).
PEIRANO, Mariza. 1992. “Os antropólogos e suas linhagens”. In: Roque Laraia & Mariza Corrêa. (Org). Roberto Cardoso de Oliveira: homenagem. Campinas: UNICAMP/ IFCH, pp. 31-47.
PIERSON, Donald. 1942. Negroes in Brazil: a Study of a Race Contact at Bahia. Chicago: University of Chicago Press.
PIERSON, Donald; CUNHA, Mario W. V. da. 1947. Pesquisa e possibilidades de pesquisa no Brasil (com especial referência a “cultura” e “mudança cultural”): parte I. 9(3): pp. 233-256.
RAMOS, Arthur. 1937. As culturas negras no Novo Mundo. 4. ed. São Paulo: Nacional.
______. 1943. Introdução à antropologia brasileira. Rio de Janeiro: Dep. Cultural.
______. 1934. O negro brasileiro: etnografia religiosa e psicanálise. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
RIBEIRO, René. 1949. The Afrobrazilian Cult-Groups of Recife ”” a Study in Social Adjustment. Thesis (M. A.), Northwestern University.
RIOS, Ana Lugão; MATTOS, Hebe. 2005. Memórias do cativeiro: família, trabalho e cidadania no pós-abolição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
RUBIM, Christina de R. 1996. Antropólogos brasileiros e a antropologia no Brasil: a era da pós-graduação. Tese de doutorado, Universidade Estadual de Campinas.
SCHWARCZ, Lilia M. 2007. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil (1870”“1930). São Paulo: Companhia das Letras. Publicado originalmente em 1993.
WAGLEY, Charles. 1952. Races et classes dans le Brésil rural. Paris: Unesco.
WOORTMANN, Klaas. 1990. Com parente não se neguceia. Anuário Antropológico, (87): pp. 11-73. Brasília: Editora da Universidade de Brasília; Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2015 Anuário Antropológico
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode.en
Creative Commons - Atribución- 4.0 Internacional - CC BY 4.0
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode.en