Jovens “egressas” de serviços de acolhimento
a virada no jogo das relações de parentesco
DOI:
https://doi.org/10.26512/anuarioantropologico.v42i1.2017/6198Palabras clave:
parentesco, desinstitucionalização, egressas de serviços de acolhimentoResumen
No artigo, analiso as maneiras como jovens egressas de serviços de acolhimento institucional vivenciam suas relações de parentesco. Para além dos desdobramentos da experiência de institucionalização sobre as relações de parentesco, pretendo pensar no que tenho chamado de “virada no jogo das relações de parentesco”. Com essa expressão, procuro mostrar que não se trata de reconfiguração, transformação ou mudança nas relações parentais, mas sim de uma “virada”. Esta remete a uma inversão no curso das relações parentais e, ainda mais, permite demarcar uma “quebra de expectativa”, por parte das jovens, sobre o que deveria constituir e fortalecer tais relações, ou seja, sobre as maneiras de realizar o parentesco. A análise tem como base uma etnografia realizada entre 2010 e 2013 sobre a desinstitucionalização de jovens que, sob medida de proteção, passaram parte da sua infância e adolescência afastadas do convívio familiar.
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