Etnografia de um sistema lógico

a lavoura camponesa dos sitiantes de Sergipe

Autores

  • Giralda Seyferth

Palavras-chave:

Antropologia

Resumo

Os estudos dedicados ao campesinato poucas vezes deram atenção mais abrangente à dimensão simbólica que rege a lógica interna do processo de trabalho familiar. As implicações conceituais do “ trabalho familiar” fazem parte de qualquer definição de camponês e têm lugar de destaque na formulação teórica de um sistema econômico próprio do campesinato, embora no campo da antropologia a concepção clássica introduzida por Kroeber e elaborada por Redfield tivesse enfatizado a dimensão rural de sociedades mais amplas levando em conta sistemas cognitivos. Quando os referentes são os dados econômicos, a lógica da racionalidade tem papel preponderante na construção de um modelo que, atualmente, fala da “ agricultura familiar” como forma de fugir das implicações político-sociais da categoria camponês. Sem perder de vista a concepção básica da família como integrante de uma unidade de produção ”” elemento chave da caracterização econômica do campesinato, o que supõe a simbiose de empresa agrícola com economia doméstica destacada, por exemplo, por Galeski (1972) ”” o livro de Ellen e Klaas Woortmann traz uma análise detalhada do processo de trabalho de sitiantes sergipanos, destacando modelos de saber e de conhecimento sobre a natureza, o significado do trabalho e seus usos sociais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARENSBERG, C. M. e S. T. KIMBALL. 1971. “ The Small Fann Family in Rural Ireland” . In Sociology o f the Family (M. Anderson, org.). Middlesex: Penguin Books, pp. 19-42.
BOURDIEU, P. e A. SAYAD. 1964. Le Déracinement: La crise de /'agriculture traditionnelle en Algérie. Paris: Minuit.
CHAYANOV, A. V. 1966. The Theory o f P easant Economy. Homewood, 111.: The American Economic Association.
DIETZE, C. VON. 1934. “ Peasantry” . In Encyclopaedia o f the Social Sciences XII. Nova lorque: Macmillan, pp. 48-53.
GALESKI, B. 1972. Basic Concepts o f Rural Sociology. Manchester: Manchester University Press.
KROEBER, A. L. 1948. “The Nature o f Culture” . In Anthropology. Nova Iorque: Harcourl, Brace, pp. 252-310.
LÉVI-STRAUSS, C. 1962. Im p ensée sauvage. Paris: Plon.
POTTER, J. M., M. DIAZ e G. FOSTER. 1967. Peasant Society: A reader. Boston: Little Brown.
REDFIELD, R. 1965. The L ittle Community: Peasant society and culture. Chicago: The University o f Chicago Press.
SEYFERTH, G. 1992. As Contradições da Liberdade: análise de representações sobre a identidade camponesa. Revista Brasileira de Ciências Sociais 18: 78-95.
SHANIN, T. 1971. “ Introduction” . In Peasant and Peasant Societies (T. Shanin, org.). Middlesex: Penguin Books, pp. 11-19.
SILVERMAN, S. 1979. The Peasant Concepts in Anthropology. The Journal o f Peasant Studies 7(1): 49-69.
TEP1CHT, J. 1973. Marxisme et agriculture: le paysan polonais. Paris: A. Colin.

Downloads

Publicado

2018-02-08

Como Citar

Seyferth, Giralda. 2018. “Etnografia De Um Sistema lógico: A Lavoura Camponesa Dos Sitiantes De Sergipe”. Anuário Antropológico 22 (1):331-41. https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6727.

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.