CAMINHOS DO MARAVILHOSO EM GIAMBATTISTA BASILE
DOI:
https://doi.org/10.26512/aguaviva.v6i2.38239Palavras-chave:
Conto maravilhoso. , Giambattista Basile. , Lo cunto de li cunti.Resumo
Giambattista Basile, em Lo cunto de li cunti (O conto dos contos), concebe um modelo narrativo que não só influencia a formação oral do conto maravilhoso, mas também estabelece uma lógica clara para a maior parte das coletâneas maravilhosas que seguem imediatamente a publicação do Cunto (Cf. ZIPES, 2006). Esse modelo apresenta vários componentes: fadas, ogros, jogo, corte, sorte, viagem, metamorfoses e corpo. (cf. RAK, 2005; 2013). Cada conto envolve um tipo de jornada para florestas, oceanos ou outra cidade. Esta jornada reflete a viagem que um cortesão geralmente fazia quando se tornava maior de idade para ver o mundo ou testar a si mesmo. Ao longo do caminho, a sobrevivência do viajante depende das aparições de fadas e ogros, seres arbitrariamente escolhidos para socorrê-lo ou destruí-lo. A sorte desempenha um papel importante. Os corpos são engendrados na trama. Eles são embelezados, torturados, demolidos e rejuvenescidos enquanto o protagonista tenta sobreviver a qualquer custo e ascender seu status social em um mundo em mudança constante. Isto posto, o objetivo desse trabalho é fazer um inventário dos elementos maravilhosos que dão substância ao gênero “racconto fiabesco” (“conto maravilhoso”) cunhado pelo crítico Michele Rak (2005; 2013) para definir o rol dos cunti.
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