O MAPA COMO TABULEIRO DE JOGO

A PRESENÇA DE PARATEXTOS EM SAGAS FANTÁSTICAS JUVENIS BRASILEIRAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/aguaviva.v8i3.55118

Palavras-chave:

Sagas Fantásticas, Literatura Brasileira, Literatura Juvenil, Multimodalidade

Resumo

Sagas fantásticas são narrativas que criam universos paralelos – paracosmos – e que permitem uma constante ampliação narrativa (Martos Garcia, 2009). Sagas de língua inglesa com Harry Potter, Senhor dos Anéis, Jogos Vorazes, entre muitas outras popularizam
esse formato e atualmente é perceptível essa influência na literatura juvenil brasileira. A maioria das sagas utiliza paratextos, como por exemplo mapas, para permitir que o leitor compreenda os limites do novo mundo criado. Essa característica é denominada por Glória Garcia Rivera (2013 p. 554) como “iconotextualidade”. Nesta pesquisa, vamos analisar elementos paratextuais de sagas brasileiras e refletir os mecanismos que permitem que a leitura das narrativas seja ampliada pela presença dos recursos multimodais. Concluímos que nas sagas analisadas o mapa serve como um perfeito tabuleiro de jogo, que possibilita uma ampliação do ato de ler: o jovem leitor é convidado a imaginar outras histórias possíveis.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Pedro Afonso Barth, Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil

Doutor em Letras pela Universidade Estadual de Maringá. Professor do Instituto de Letras e Linguística da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Professor do Programa de Mestrado Profissional em Letras (UFU).

Referências

BAKHTIN, Mikhail. “Formas de tempo e de cronotopo no romance. Ensaios de poética histórica”. In: Questões de literatura e estética. A teoria do romance. Tradução: Paulo Bezerra São Paulo: Hucitec/AnnaBlume, 2002.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Tradução: Maria Ermantina Galvão Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

BAKHTIN, Mikhail. O discurso no romance. In: BAKHTIN, Mikhail. Questões de literatura e de estética – a teoria do romance. Tradução: Paulo Bezerra. São Paulo: Hucitec, 1988. p. 71-210.

CARVALHO, Renan. Supernova: a estrela dos mortos. Ribeirão Preto-SP: Nova Fronteira, 2015.

CASTILHO, Felipe. Ordem vermelha: filhos da degradação. São Paulo: Dimensões, 2017.

CASTILHO, Felipe. Ouro, Fogo & megabytes. Belo Horizonte: editora Gutemberg, 2013.

DRACCON, Raphael. Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas. São Paulo: Leya, 2010.

FIORIN, José Luiz. Introdução ao pensamento de Bakhtin. São Paulo: Ática, 2006.

FRANCISCHETT, Mafalda Nesi. A importância do mapa no contexto escola. Geografia Ensino & Pesquisa, v. 15, n. 2, p. 1-9, maio/ago. 2011.

GARCIA RIVERA, Glória. Las entre la ficción y la transficción. In: Primeras Noticias: Revista de Literatura Infantil y Juvenil. Barcelona, España, n. 220. p. 49-56. 2006.

GARCÍA RIVERA, Glória. Paracosmos: las regiones de la imaginación (los mundos imaginarios en los géneros de Fantasía, Ciencia Ficción y Horror: nuevos conceptos y métodos). Primeras noticias. Revista de literatura, no 207, 2004 p. 61-70.

GARCIA RIVERA, Glória. Paracosmos. In: Red Internacional de Universidades Lectoras. Diccionario de nuevas formas de lectura y escritura. 1.ed. Espanha: Santillana, 2013.

GENETTE, Gerard. Palimpsestos: a literatura de segunda mão. Tradução Luciene Guimarães e Maria Antônia Ramos Coutinho. Belo Horizonte: Faculdade de Letras, 2006.

HARLEY, Brian. Mapas, saber e poder. Revista Confins, n. 5, abr. 2009. Disponível em: http://confins.revues.org/index5724.html. Acesso em: 24 jun. 2024.

MARTIN, George RR. A guerra dos tronos. Tradução: Jorge Candeias. São Paulo: Leya, 2013.

MARTOS GARCIA, Alberto. Introducción al mundo de las sagas. Badajoz: Universidad de Extremadura, 2009.

MARTOS GARCIA, Alberto. Os jovens diante das telas: novos conteúdos e novas linguagens para a educação literária. In: RETTENMAIER, Miguel; RÖSING, Tania Mariza Kuchenbecker (Coord.). Questões de literatura na tela. Passo Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo, 2011.

p.13-36

MARTOS NÚÑEZ, Eloy Martos; GARCIA, Alberto Martos. Livros de cinema, transmedialidade e literatura nos alvores do século XXI. In: RÖSING, Tania Mariza Kuchenbecker; RETTENMAIER, Miguel. (Coord.). Questões de Ficção contemporânea. Passo Fundo: Ed. da Universidade de Passo Fundo, 2013. p. 69-99.

MARTOS NÚÑEZ, Eloy. Hipertexto, cultura midiática e literaturas populares: o auge das sagas fantásticas. In: RETTENMAIER, Miguel; RÖSING, Tania Mariza Kuchenbecker (Coord.). Questões de leitura no hipertexto. Passo Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo, 2007. p. 50-63.

MORAES, Odilon. O projeto Gráfico do Livro infantil e Juvenil. In: OLIVEIRA, Ieda de. O que é Qualidade em ilustração no livro Infantil e Juvenil: com a palavra o ilustrador. São Paulo: DCL, 2008.

Downloads

Publicado

2024-08-02

Como Citar

BARTH, Pedro Afonso. O MAPA COMO TABULEIRO DE JOGO: A PRESENÇA DE PARATEXTOS EM SAGAS FANTÁSTICAS JUVENIS BRASILEIRAS. Revista Água Viva, [S. l.], v. 8, n. 3, 2024. DOI: 10.26512/aguaviva.v8i3.55118. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/aguaviva/article/view/55118. Acesso em: 26 set. 2024.