Hegemonía en la era de la posverdad: el extremismo de derecha y la ilusión de la desintermediación
DOI:
https://doi.org/10.26512/ser_social.v27i56.55611Palabras clave:
Hegemonía, Posverdad, Extrema derecha, Ilusión de desintermediaciónResumen
Este paper tiene como objetivo analizar las condiciones bajo las cuales la hegemonía es ejercida en el nuevo entorno cognitivo que convencionalmente se denomina posverdad. Revisamos las elaboraciones de Antonio Gramsci y Raymond Williams, que definen la hegemonía como un sistema de significados experimentado en la vida cotidiana, que forma un “sentido de realidad” para las personas. Luego presentamos el panorama de la posverdad destacando una característica definitoria: la crisis de las mediaciones epistémicas modernas y su sustitución por mediaciones algorítmicas de mercado, guiadas por la gramática neoliberal. Finalmente, mostramos cómo la extrema derecha vive, de manera militante, el mundo de la posverdad, centrándonos en un fundamento del discurso reaccionario que definimos como ilusión de desintermediación, una forma "fetichizada" de concebir las interacciones digitales como capaces de proporcionar una experiencia de “libertad” y “autonomía” basadas en un supuesto de “acceso directo” a la realidad. El artículo pretende resaltar cómo, a partir de determinadas infraestructuras económicas y sociotécnicas, las coordenadas del orden se convierten en disposiciones mentales, configurando formas sutiles y penetrantes de ejercicio de la hegemonía.
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