Memória e criação
tempo-essência em O tempo redescoberto de Marcel Proust
DOI :
https://doi.org/10.26512/cmd.v11i1.54331Mots-clés :
Criação, memória involuntária, obra de arte, tempoRésumé
Objetiva-se, a priori, buscar a compreensão acerca da Memória (Memória Involuntária), espelhada na obra O tempo redescoberto, do literato francês Marcel Proust (1871-1922), com o fito de legitimar que o entendimento de tal Memória configura-se como sendo de importância primacial para a inteligibilidade do estudo que aqui se pretende encetar, posto que é nela que repousa toda a força e toda a singularidade da Recherche proustiana. Ulteriormente, a partir da Memória Involuntária e do Tempo proustianos, entabular-se-á um diálogo, de um lado, com o ensaísta alemão Walter Benjamin (1892-1940) e, de outro, com o filósofo francês Gilles Deleuze (1925-1995), com vistas a melhor compreender de que forma se dá a conversão do Tempo Perdido no Tempo redescoberto, conversão essa que nada mais faz do que fornecer, ao herói proustiano, a matéria de seu livro, bem como a certeza de que a única vida, por conseguinte, realmente vivida é a Literatura. E, em última análise, conceber-se-á a busca proustiana ora como criação, ora como essência, ora como encontro consigo mesmo. Por fim, intenta-se corroborar que somente a obra de arte é capaz de conferir, à Memória, a real dimensão de sua envergadura ontológica.
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Références
BENJAMIN, Walter. A imagem de Proust. In: Obras escolhidas – magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1994. v. 1. p. 36-49.
DELEUZE, Gilles. Proust e os signos. 2. ed. Tradução: Antonio Piquet e Roberto Machado. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.
PROUST, Marcel. O tempo redescoberto. Tradução: Lúcia Miguel pereira. São Paulo: Globo, 2013.
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