O revisionismo histórico como ação política brasileira de 2019 a 2022
DOI:
https://doi.org/10.26512/cmd.v11i1.54336Palavras-chave:
Política revisionista, representações, memória coletivaResumo
O presente estudo discute alguns caminhos quanto à formação da memória coletiva, destacando as ideias de representação e senso comum. O objetivo pretendido é realizar um exercício de reflexão quanto às possíveis consequências e reverberações de uma política de revisionismo histórico. Para tanto, é preciso observar cautelosamente os caminhos que fomentam e consolidam uma memória coletivamente construída. Uma ação política de cunho revisionista necessita de um contexto que lhe seja favorável. A esse respeito, alguns questionamentos podem direcionar na compreensão da dinâmica relacional entre sujeito, grupos sociais e memória coletiva. Um dos pontos chave é o porquê da necessidade de um dado grupo propor uma nova versão de um fenômeno histórico e quais as dinâmicas inerentes a esse movimento.
Nesse jogo de tensões, de interesses e de disputas por uma legitimidade de uma forma de pensar e agir, tornam-se possíveis graças
a uma conjuntura de elementos temporais e sócio-históricos. Por fim, o estudo chega à conclusão de que as memórias sociais atravessadas
por disputas e a proposta civilizatória pretendida pelo desejo político-ideológico dominante é a de naturalizar conceitos revisionistas para
que estes atendam aos seus interesses
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