Agontimé

Representação e representatividade em uma versão artística da fundação da Casa de Minas

Autores/as

  • Edson Silva de Farias Universidade de Brasília
  • Henrique Borralho Universidade Estadual do Maranhão
  • Edvania Gomes da Silva Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia https://orcid.org/0000-0002-6201-7583

DOI:

https://doi.org/10.26512/cmd.v9i1.43520

Palabras clave:

Agontimé, Representação/ Representatividade, Versão artística, Literatura, Patrimônio cultural maranhense

Resumen

Neste ensaio, analisamos o romance Agontime, her legend, de autoria da escritora estadunidense Judith Ilsley Gleason. Antiga rainha do Daomé, Agontimé teria vivido entre o final do século XVIII e início XIX. Ao longo deste período, fora escravizada ainda na África e trazida ao Brasil. Desembarca em Salvador, na Bahia, onde viveu até rumar para São Luís, capital do Maranhão, no início do século XIX. A ela é atribuída à fundação da Casa das Minas – espaço-símbolo da matriz religiosa do Tambor de Mina-Jeje, com devotos sobretudo no Maranhão e no Pará. Espaço hoje reconhecido como patrimônio cultural maranhense. Os objetivos deste texto se concentram no exame de como o conjunto resultante das articulações simbólicas, na materialidade expressiva do romance, conduz ao entendimento de algumas das facetas decisivas à montagem do mosaico discursivo-institucional, contido na ideia de patrimônio cultural do Maranhão. Isto, ao se considerar como a versão romanesca traduz esse patrimônio cultural e, ao o mediar artisticamente, difunde-o como representativo, seja da presença diaspórica do povo daomeano mina-jeje na América portuguesa, seja da participação negroafricana na formação do povo brasileiro.

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Publicado

2022-12-29

Cómo citar

Farias, E. S. de, Borralho, H., & Gomes da Silva, E. (2022). Agontimé: Representação e representatividade em uma versão artística da fundação da Casa de Minas. Arquivos Do CMD, 9(1), 69–121. https://doi.org/10.26512/cmd.v9i1.43520