ESTRANGEIRIZAÇÃO DAS TERRAS ALGUMAS NOTAS SOBRE O CASO DO BRASIL E DA PARAÍBA
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Résumé
A aquisição e arrendamento de terras em países subdesenvolvidos ou em países “emergentes” por grupos estrangeiros não só constitui uma importante estratégia de globalização do capital como contribui para intensificar a discussão sobre a soberania alimentar, o neocolonialismo e a desnacionalização do território no âmbito da geografia agrária.
Entendemos que esse processo garante a dominação formal e real do capital estrangeiro sobre a terra. A dominação formal se dá na medida em que o capital, malgrado os limites da legislação, passa a deter não só o controle como o mando sobre a terra. A dominação real se dá na medida em que ele impõe sobre as terras, por ele apropriadas, métodos e técnicas próprias, estabelece alterações nas relações de trabalho, quer pela exigência da intensificação do ritmo de trabalho e da produção, quer pela redução da mão de obra empregada e da exigência de uma qualificação seletiva, ou ainda pela determinação do que produzir. As consequências, no mais das vezes, se fazem sentir através da ampliação do desemprego, da intensificação dos processos de degradação do meio ambiente e de crises na produção de alimentos afetando a segurança alimentar.
*Este resumo foi gerado pela equipe editorial a partir de trechos copiados do texto, considerando que no presente momento em que a edição foi publicada a apresentação de resumo não fazia parte das normas da revista.
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